Depois de assistir a final do Onbongo Pro Surfing em Itamamabuca, pela Sportv, chego a conclusão que preciso urgentemente reavaliar os meus critérios de julgamento, ou então esses 25 anos de envolvimento com o surfe, na organização e na cobertura de eventos dentro de palanques Brasil afora não me ensinaram absolutamente nada.
Não vou aqui polemizar outra vez. Porém, não posso me calar com mais esse resultado prá lá de controverso que apontou Wiggolly Dantas o "Rei de Itamambuca".
No Arpoador, durante as finais do Rio Pro Surfe, a vitória do carioca Simão Romão sobre o catarinense Willian Cardoso naquela oportunidade me deixou estupefato com a inversão de notas.
Na semana seguinte, durante o Maresia International na Praia Brava de Itajaí, conversei com vários atletas e ouvi outras pessoas que concordaram com as minhas observações. Também conversei com o juíz Lapo Coutinho e o head judge Gadelha, mas eles discordaram do meu ponto de vista e apresentaram seus argumentos.
Uma coisa é certa: O quadro de juízes da ASP não é mal intencionado. Longe disso. Porém, o que vi especialmente nesses dois eventos válidos pelo WQS em águas brasileiras merece sim uma acalorada discussão principalmente por beneficiar surfistas locais.
Na grande final em Itamambuca, Jadson André surfou melhor, mais vertical, e sua escolha de ondas foi infinitivamente melhor que as de Wiggoly Dantas.
Em ondas apenas regulares, Jadson abriu o confronto com uma onda que lhe valeu 5,67. Foram duas manobras bem definidas no outside, com um aéreo no inside. Já Guigui teve a sua segunda onda valorizada 5,00 em relação a onda de Jadson. E foi aí que a maionese desandou.
Na seqüência, uma sucessão de erros (na minha opinião) de julgamento. Novamente o surfista local teve super valorizada uma outra direita que lhe valeu 7,50, numa onda de apenas duas manobras.
Já a sua melhor onda no confronto foi uma direita. De back-side, Dantas fez quatro manobras na sequência. Depois do drop, uma passada no lip, uma batida vertical com estilo e muita água pro alto e a conexão com outras duas manobras menos expressivas na parte deitada, limpa da onda. Wiggoly recebeu nessa 8,73.
Porém, nos instantes finais, o potiguar dropou uma direita no meio da praia - foi a maior onda de toda final - e também de costas, desferiu três batidas na sequência, muito verticais, usando as bordas da prancha. Vale destacar aqui a sua terceira manobra, invertendo totalmente o bico da prancha e jogando a rabeta por cima da espuma. Jadson ainda com total controle da prancha, conectou com o inside e finalizou com mais uma batida tabelando com o lip quase na beira.
Se a onda anterior do Guigui valeu 8,73, essa onda do Jadson André, não tenho a menor dúvida, deveria valer muito mais do que os 7,23 dado pelo quadro técnico. Não acreditei quando no monitor apareceram as médias 16,23 X 15,03 dando a vitória para o paulista, local de Ubatuba.
Acho que nesse momento vale conseguir as imagens junto ao pessoal do Sportv e reprisá-las, e chamar o quadro de juízes da ASP, atletas finalistas e seus técnicos para assistirem. Seria bom para todos, tenho certeza. Para o Jadson que ganhou mas não levou e saiu de lá com o gosto amargo da derrota. Para os juízes que poderiam rever os seus conceitos e para o Guigui, que mesmo sem culpa de nada, sabe que levou, mas na minha opinião, sem merecer...
3 comentários:
Estou com vc Maurio!
Realmente não dá para entender!?
Como vc sabe, Itamambuca é a minha praia, sou local do pico e conheço o Guigui e sua família desde que ele era pequeno, sei de todo o seu potencial e achei desnecessário esse "Valorizator" que os juizes aprontaram pra cima dele, aquela cena do Jadson sentado na areia depois do final da bateria sendo consolado pelo Danilo não precisava acontecer, o garoto não merecia isso, atitudes assim por parte dos juízes acabam por estigmatizar determinados atletas e picos perante aqueles que entendem do esporte, diminuindo assim vitórias e tragetórias legítimas, como é o caso de grandes atletas como Simão Romão e Wiggolly Dantas, os quais tenho toda certeza que ainda irão trazer muitas alegrias para todos nós.
Forte Abraço!
MaiNe
http://maineland.blogspot.com
Maurio, eu até tava torcendo pro Guigui, mas depois daquela ultima onda do Jadson estava certo de que ele tinha virado a bateria. Fiquei de cara com a nota abaixo do esperado, se compararmos com as ondas da final e até das semi-finais. Como dizem no futebol, juiz caseiro.
A imprensa tava prpá cair de pau, até já andavam caindo
Em especial depois daí, Itajaí
Nenhum brazuca no ct pelo wq e blá blá
Então spirit corps
não é nada não é nada simão tá lá
hizu terceiro em casa também
Jadson melhor que ele?
Vindo da região cujo batalháo pois pá de terra na revolução paulista?
Nunquinha
Paioli, the carcahand, deve ter rido e rido
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