sábado, agosto 30

Opressão.

Aí, no começo dos anos 1980, estava rolando um campeonato importante na Praia Mole, um nacional ou um desses W alguma coisa, e aquele repórter sem-noção da TV local, um com um jeitinho esquisitão, perguntou para aquela gatinha sentada na areia: “qual você prefere, o surfista ou o salva-vidas?” E o surfbroto respondeu: “o surfista, né, he he he”. O repórter ainda quis saber o porquê da resposta, se tanto o surfista quanto o salva-vidas estão sempre em forma, bronzeados e tal. No que ela respondeu brilhantemente: “ah, sei lá, né, he he he”...

Essa resposta de poucas monossílabas teve um impacto determinante na minha vida. Foi decisiva, encurralante, um xeque-mate, um verdadeiro golpe de misericórdia. Graças a ela, no outro dia comprei calção, camiseta, uma prancha velha e me tornei um surfista. E hoje, às vésperas de completar 40 anos, não recordo a primeira vez em que ouvi falar em surf, mas lembro perfeitamente dos efeitos dele sobre minha adolescência, dos estragos – é, dos estragos mesmo – que ele fez no meu saudável desenvolvimento pessoal.

Hoje posso dizer conscientemente que fui obrigado a adquirir uma prancha, fui coagido a levá-la para a praia, tive que me vestir e comportar como se o surf fosse a coisa mais importante da minha vida quando, na verdade, nunca tive qualquer vocação para o negócio. Sim, porque eu sempre fui um banana: aos 13, 14 anos, eu preferia ler gibis e ver TV, e já era barrigudinho. No máximo batia uma bolinha aos domingos. E, hoje, nem penso que o fato de eu não ter sido lá muito esportivo fosse algo depreciativo, afinal, cada um, cada um.

Mas para 99% dos adolescentes dos anos 1980 – incluindo eu –, quem não pegasse onda em Floripa era um bananão meeesmo e essa coisa de “cada um, cada um” não teria a menor chance. Era surfar ou não ter amigos. Era ter uma prancha, ou ser solitário. Era manter o cabelo clareado, penicóide, ou, na ordem de grandeza das gatinhas, valer menos que o salva-vidas.

E naquele domingo ensolarado, de um verão extraordinário, eu assisti àquela entrevista ao voltar para casa depois de ter tentado jogar futebol, depois de ter procurado alguém jogando basquete, depois de me descobrir sozinho entre as quadras esportivas. Não havia um ser vivente nas redondezas. todos estavam surfando. Embarquei naquele fusca, depois de prender com extensores minha prancha no rack, e fui para a praia, eu e mais quatro caboclos. E, já de saída, os quatro me zoavam por eu ser estreante – não que eles fossem lá muito experientes, afinal éramos todos suburbanos –, por eu ter uma prancha tão tosca e feia, por eu estar usando o calção e a camiseta novos, por eu não saber enganchar o extensor direito, por não ter trazido parafina, por ainda não ter tirado a cordinha da embalagem, por eu estar tenso e com medo, por eu ser todo branco e pelos três sanduíches que minha mãe havia preparado e posto em um saco plástico transparente. Essa era a minha bagagem: minha prancha feia, minha cordinha ainda na embalagem e meu saco plástico com três sanduíches.

A verdade é que eu não me preocupava muito com o surf em si. Pensava que seria fácil, que qualquer idiota poderia fazer. Afinal, tantos – idiotas ou não – já o faziam. E foi assim que amarrei de qualquer maneira a cordinha nova no copinho da prancha feia, enrolei a outra ponta no meu tornozelo e entrei na água. Tentei remar atrás dos meus companheiros de barca mas mal conseguia me posicionar sobre a prancha: ou ela afundava na frente ou balançava muito; e vinha o espumeiro que me derrubava ao mesmo tempo em que a rapaziada, que já estava lá fora, me acenava para que os seguisse.

Naquele desespero todo, parecia que eu não ouvia nada, nem o barulho do mar, nem os gritos das crianças na beira, nem o vento, nada. Só escutava os meus próprios pensamentos que, em meio a uma exaustão total, me interrogavam sem parar: o que é que eu estou fazendo aqui? Desci da prancha e resolvi empurrá-la, jogando-a por cima dos espumeiros, caminhando para passar a arrebentação. Já estava muito cansado, muito nervoso e com a água pelo pescoço quando trepei de novo desajeitadamente na feiosa e voltei às tentativas de remada. Por uma sorte – ou azar, talvez – as séries deram um tempo e tive êxito. Cheguei ao outside e tentei me sentar mas, sem equilíbrio, obviamente desisti. Deitado, pressionando peito e barriga na prancha, tentava desesperadamente respirar, apavorado, imaginando que ali, onde estava, era fundo e não dava pé.

Continuava não ouvindo nada, nem o mar, nem os outros que me zoavam incansavelmente, quando de repente notei que aquelas caras que há pouco riam de mim, passaram a remar sem parar. Era uma série que se aproximava e, quando me dei conta dela, tentei buscar uma posição para a remada. Mas fiquei muito na frente e o bico afundou. Me recoloquei mais para trás e o bico levantou muito, o que impedia o deslocamento. Já a primeira onda me pegou em cheio. A porrada me jogou para o fundo ao mesmo tempo em que sentia a cordinha puxando o meu pé para cima. Rolei na areia do fundo por alguns metros e só recordo dos pensamentos mais bizarros que me vinham naqueles momentos, naqueles segundos em que vagava ao sabor da corrente, no fundo do mar, quase sem ar, quase afogado, quase sem consciência. Pareciam sonhos, parecia que eu não estava ali mas sim, em minha casa, assistindo à entrevista na TV. “Ah, prefiro o surfista, né, he, he, he”. A risada daquela menina linda que preferia os surfistas era o único som que viajava comigo naquela trip submarina.

Engraçado é que são os pensamentos que nos fazem reagir ou não em momentos como esses. E, no último instante, no último milésimo de segundo, no último miligrama – ou mililitro, sei lá – de oxigênio que ainda me restava, me veio à mente o meu saquinho de pães que minha mãe preparou e que estava lá na praia me esperando. Foi o impulso que me salvou: finquei os dois pés na areia e subi. Me levantei e estava com a água um pouco acima da cintura e as crianças, que antes eu não conseguira ouvir, brincavam ao meu redor. Sentei-me na areia, sobre a prancha – aquela bosta dava um bom banco, pelo menos –, em uma parte da praia de onde eu poderia ver o mar sem enxergar meus colegas de barca que ainda, lá de fora, me faziam sinais engraçadinhos.

Destruído moral e fisicamente, com frio, recebia o sol nas costas como um prêmio de consolação por tanto sofrimento. Abri meu saco de sandubas com cuidado para não molhá-los e passei a saborear cada um vagarosamente, para que eles durassem o máximo possível. É que, àquela altura do campeonato, eles tinham mais que sabor de sanduíche. Eles tinham o gosto da minha casa e da comida que minha mãe fazia.

E naquele dia, naquela praia linda, naquela hora, sob aquele sol maravilhoso daquela manhã de um verão extraordinário na Florianópolis de 1981, o que eu mais queria era a minha suburbana casa. O que eu mais desejava era a comida da minha mãe.

Reproduzido do blogue do Pierre Alfredo. Por lá textos bem divertidos...

sexta-feira, agosto 29

Comentário da semana:

Nunca recebi nos últimos dias tantas mensagens (spam) sobre: como acabar com a queda de cabelo e a calvície e também de como aumentar o pênis...

Ué, mas que coisa estranha! Hummmm! Acho que tem coisa errada aí...
Será que a minha mulher...

Pra você, um bom week-end!

Vais amarelar?

Não é onda boa que tu queres?

Então, com mais de 10 anos de experiência, a equipe “Surfando na Selva” comandada pelo “Pororoca Man” Serginho Laus, se especializou nesse assunto e hoje associado a MGM Turismo conta com uma infra-estrutura que suporta grupos pequenos, médios e grandes.

São lanchas, jet-skis, embarcações Amazônicas, equipamentos de resgate, pilotos instruídos para a navegação diante do fenômeno, práticos, guia bilíngüe e chefes de cozinha, que tornam a viagem ainda mais radical ao litoral Amazônico.

A onda mais longa do mundo está na nossa mata. E bem aqui pertinho...

Para saber mais, liga pro Serginho Laus: 41 – 9958.1877 ou então, clique aqui ou aqui...

Da varanda...

O tempo voa. Acho que já disse isso por aqui outras dezenas de vezes. Mas, não tem jeito. Os dias realmente estão passando numa velocidade incrível. Não é que já vai dar um ano...

Estive no ano passado no Gatorade Surfe Classic, etapa do WQS em São Chico. E foi para minha surpresa, um dos melhores campeonatos que já presenciei nesses mais de 20 anos cobrindo competições Brasil afora. Em alguns momentos lembrava os antigos festivais da década de 80, tal o entusiasmo do público presente na praia.

A cidade de São Francisco do Sul nunca antes havia recebido uma etapa do circuito mundial. A novidade fez surgir gente de todos os cantos. Turistas de cidades vizinhas também apareceram por lá.

No final de semana em alguns estabelecimentos chegou a faltar comida e bebida. Os organizadores aproveitaram o feriado de 7 de setembro e promoveram dezenas de festas, e na noite, os bares da orla botavam gente pelo ladrão.

Nada como o frescor da novidade. Coisa que já não se vê em praias tradicionais, “saturadas” de competições de fim de semana. Seja em Maresias em Sampa, Prainha no Rio, ou mesmo Joaca e Mole em Floripa, os campeonatos, parece, que perdem o brilho.

Lá na Prainha de São Chico, nos finais de tarde, a molecada empolgada, esperava seus ídolos sair d’água na busca por um autógrafo. As meninas, arrumadas, caminhavam pelo calçadão colorindo ainda mais o cenário. Não havia nada melhor pra se fazer...

A competição que aconteceu de forma isolada no calendário da ASP e de poucas estrelas infelizmente não empolgou os gringos. A maioria preferiu descansar após uma perna européia desgastante. Os brasileiros que não tinham nada haver com essa história tomaram o evento de assalto. Parecia um “Brasileirão” com status de internacional.

E foi da varanda da casa do meu camarada Ni, sócio proprietário da fábrica de pranchas Pro Ilha, que acompanhei o dia a dia de uma etapa brasileira no Tour, com ótimas ondas e a vitória inédita do carioca Eric de Souza, com Willian Cardoso em segundo, Heitor Alves em terceiro e o paraíba Fabinho Gouvea em quarto.

Semana que vem estarei lá. E da varanda vou ficar só de olho...

Morcego ameaçado.

Associação de surfe e body board das praias de Itajaí e região, convocam surfistas, ambientalistas, ativistas, xiitas, nacionalistas e mais um monte de “itas” – na real, todo mundo se puder, quanto mais gente melhor – para uma mobilização nesse domingo a partir das 9 da manhã no Canto do Morcego (Praia Brava - litoral norte catarinense - praia sede do Maresia Surfe WQS).

O "Movimento SOS Canto do Morcego" foi criado por ambientalistas locais em função da recente aprovação por parte dos vereadores daquele município em liberar a área para construção, verticalização de prédios.

Um abaixo assinado já está circulando na cidade contra a especulação imobiliária nessa praia ( eu acho que já vi esse filme antes).

No domingo a tarde está programado o “Abraço ao Canto do Morcego”.

Todos lá...

quinta-feira, agosto 28

Não me acompanha que eu não sou novela...



Eu sei.
Todo mundo sabe, que tu se amarra numa novelinha... Ou, vai dizer que não?
E nessa tem surfe!
Taí então, mais um "bom" motivo pra dar aquela espiada. E depois comentar com os amigos: Que merda essa Globo. Vão botar surfe na TV...

domingo, agosto 24

Lopez.

Hoje, todo mundo conhece os atrativos do surfe, todos sabem como o esporte é fantástico. Talvez alguns surfistas tenham esperança de que o esporte alcance o mesmo status de outros esportes, como golfe e tênis, mas a maioria preferiria mantê-lo num patamar menos popular. Leia mais aqui.

Será que vale?

Em época de Olimpíadas, sempre surge aquela antiga questão: Por que o surfe não se torna esporte olímpico?



Qual a sua opinião?

sábado, agosto 23

Já viu esse filme?



Timmy Turner e mais dois amigos, Travis Potter e Brett Schwartz, numa jornada pra lá de inusitada. Uma viagem de um mês, para uma ilha deserta no lado leste da Ilha de Java na Indonésia.

“Second Thoughts”, ou em português, ao pé da letra, “Segundo Pensamento” foi um projeto idealizado pelo próprio Timmy e aguardado com muita ansiedade pela comunidade do surfe após a publicação de uma matéria na revista Surfer em 2002 onde Turner conta em detalhes essa empreitada.

A filmagem é revolucionária para os padrões dos filmes de surfe atuais. Com uma câmera nas mãos eles conseguem imagens jamais vistas. Surfam incríveis direitas, tubulares no melhor estilo back-door. Impressionante essa sessão no filme, tal a força, a energia dessas ondas na bancada. Nenhuma onda abre totalmente. Em todas, os três, morrem lá dentro...

Mas é numa bancada pra esquerda que se encontra essa tal de "felicidade". Em tempo: Se você quer mostrar a outras pessoas que não surfam o que é entubar verdadeiramente numa onda, então esse é o filme!

Setembro é tempo de Bali...



Faz duas semanas que não caio n’água. Meu último banho foi exatamente há dois domingos atrás. E me diverti bastante naquela nublada manhã na Mole.

As ondas mal chegavam a 1,0 metro. As poucas esquerdas no costão que rolavam em direção ao meio da praia eram disputadas quase que no tapa por um crowd intenso. Como nos contentamos com pouco! O clima na água, posso garantir, era composto na sua maioria de surfistas de fim de semana, pessoal mais velho e digamos, mais amistosos.

Naquela mesma noite o síndico do meu prédio tocou o interfone e pediu para que eu desse uma chegada na sala das bugigangas, local onde guardamos as tralhas do condomínio.

Fazia frio. Passava das 10h. Ladrões haviam arrombado a porta e levado além das bicicletas da molecada, minhas três únicas pranchas. Ninguém viu nada. Também nada se ouviu. Nesse momento estou surfista, mas sem prancha.

Nesses últimos dias o frio voltou a esse pedaço de terra. O vento sul soprou, o mar subiu e a fissura é quase nula. O inverno que ainda não tivemos, agora, ao que tudo indica parece que chegou para ficar.

E não há nada pior do que saber que lá do outro lado do mundo a água continua clara e quente e não pára de dar boas ondas.

Essa pobreza é mesmo uma merda!

sexta-feira, agosto 22

Nova edição.

Está circulando mais um número do jornal Drop.
A edição 88 chega das férias recheada de novidades. São mais de 50 páginas pra você se distrair e ficar informado. Nas melhores surf-shops da região sul do Brasil.

quarta-feira, agosto 20

O Mundial Master virou Kaô...

Carrol não vem. Nem ele, e nem ninguém...

O Mundial Masters de Surfe marcado para rolar esse ano aqui no Brasil está definitivamente cancelado. A noticia foi divulgada oficialmente ontem, quarta-feira, no site
Waves.

Leia o que diz a nota:

Nesta quarta-feira a ASP (Association of Surfing Professional) anunciou o cancelamento do Rio Masters 2008. O presidente da ASP Wayne “Rabbit” Bartholomew, em comunicado enviado ao Waves, disse que o evento teve que ser cancelado devido à falta de patrocínio para cobrir a bolsa de premiação. A prova estava marcada para acontecer entre os dias 10 e 18 de setembro no Rio de Janeiro (RJ) e contaria com a presença de surfistas renomados como Tom Carroll, Gary Elkerton, Mark Occhilupo, Tom Curren, entre outros.

Agora, vamos voltar um pouquinho ao passado. Mas nem tanto...

Leia abaixo, o que os principais veículos especializados noticiaram há alguns meses atrás.

“O Rio Masters 2008 será o primeiro dos três anos da licença para a realização desse evento no Brasil concedida pela ASP. “É com grande entusiasmo que a ASP (Association of Surfing Professionals), juntamente com a Pepper Comunicação Integrada, tem o prazer de anunciar a volta do Mundial Masters”, comemora Paulo Costa Junior, da Pepper Comunicação Integrada.

“Depois de 5 anos de ausência, o evento volta à cena através da associação entre a maior entidade de surfe no planeta e uma das agências de comunicação e negócios mais importante do Brasil”, complementa.“O evento promete ser um grande sucesso, trazendo para o Brasil ícones do esporte como Tom Curren, Shaun Tomson, Wayne Bartholomew, Martin Potter, Gary Elkerton, Damien Hardman, Brad Gerlach, Peter Townend, Cheyne Horan, dentre outros, para um verdadeiro encontro de campeões no Rio de Janeiro”, continua Costa Junior. “Além dos surfistas que influenciaram gerações ao longo dos anos, o evento juntará música, arte, estilo de vida e ações ambientais num grande festival de surfe nos dias 30 de junho e 06 de julho na Barra da Tijuca”.


Li na seção dos comentários do site Waves surfnautas chateados, alguns frustrados com o cancelamento do evento e outros ainda fazendo duras críticas as principais marcas de surfe, nacionais e estrangeiras, que não "viabilizaram" o evento por aqui – ou em outras palavras: “não bancaram a brincadeira dos velhinhos”...

Mas, na verdade, quem deveria nesse momento se pronunciar era o pessoal da Pepper, afinal foram eles que criaram toda a expectativa. Foram eles que receberam dessa mesma mídia, generosos espaços para a divulgação desse evento que ao que tudo indica, virou migué.

Vale lembrar que foram essas mesmas pessoas que também se pronunciaram na revista Fluir, no ano passado, meses antes da etapa brasileira do WCT se dizendo lesadas em função de contratos firmados com os promotores do WCT da Vila, estão lembrados?

Então, com a palavra os todos poderosos(?) da Pepper!

Ué? Não eram eles a agência mais casca grossa, os ban-ban-bam do mercado nacional?

Que sirva de exemplo para o futuro. É isso que dá "dar espaço antecipado" pra essa gente que não tem nenhuma história no surfe...

Passatempo...

O Sound And Vision volume 3 acabou de entrar ao vivo no site da marca Hurley. Clique aqui e confira o trailer com os gringos Brett Simpson, Hank Gaskel e Ace Bucchan em ação nas ondas pelo litoral da Austrália.

segunda-feira, agosto 18

Paulinha, Donavon e a Hardcore...

Li na última edição da Revista Hardcore (228) um texto bacana sobre a nova música “All Over”.

Conferi e também gostei, principalmente do vídeo clipe que mistura arte, surfe, futebol e animação, numa sacada prá lá de criativa do camarada André Cortes do blogue Sal y Água.

A canção na voz rouca de Paula Toller em parceria com Donavon Frankernreiter é pra ser ouvida no caminho de volta da praia.

E por falar na Hardcore, é nítida a evolução da revista nessas últimas edições. O clipe da música, de muito bom gosto, está aí embaixo, é só clicar! Já a revista não tem jeito, vais ter que cair com um din-din na banca...

Amadores no Gravatá...

A praia do Gravatá, alí no ladinho de Navegantes, no litoral Norte de SC, recebe pela primeira vez uma etapa do Catarinense Amador. Não tenho o hábito de divulgar os eventos locais, porém esse merece destaque: O Gravatá é um pico de ondas de boa qualidade, mas pouco conhecido. Se durante o final de semana as condições estiverem adequadas, com a ondulação de leste e ventos fracos do quadrante norte, os melhores amadores de Sta. Catarina vão conhecer uma onda longa e muito manobrável. Vamos esperar que o "Gravatá" dê o ar de sua graça!

Tem balada nessa quarta...

Nessa quarta-feira, no El Divino da Beira-Mar Norte, tem lançamento de mais uma edição da revista Juice, com lançamento do novo filme da marca gaúcha Freesurf.

Dica do Jefferson...



A dica foi do camarada e eterno colaborador aqui do blogue, Jefferson Lopes.
Jefferson é shaper das pranchas Spider, lá da praia do Santinho, no Norte da Ilha, e está sempre vasculhando coisas e procurando novidades na Net.

Ele manda dizer que o brasileiro (aí do filme), quando não tem nada pra fazer arruma tempo para inventar algumas "coisas". Na marola até que a engenhoca se saiu bem e passou no teste. Quero ver ele botar pra baixo em Pipe...

É o "brasileiro" sempre se reinvantando!

domingo, agosto 17

O Mar.

O mar. Quando quebra na praia é bonito. É bonito!
Dorival Caymmi
* 30.04.1914
+ 16.08.2008

quarta-feira, agosto 13

Violência...

Esta cidade não é nem nunca foi terra de santos, mas que as coisas não eram assim, não eram... Até pouco tempo, éramos meio tansos, meio simplórios até, confiávamos em todo mundo, fugíamos da porrada e só queríamos debochar dos outros.

+ no blogue do Pierre...

É nessa quinta-feira...

Quinta-feira, às 14:30, no Plenarinho da Câmara de Vereadores, na rua Anita Garibaldi, 35, no Centro de Florianópolis, acontecerá a Audiência Pública da Comissão de Meio Ambiente que vai discutir o uso e a ocupação do Canto Gravatá da Praia Mole.

Estarão presentes o Ministério Público Estadual e o Federal; a FATMA, a FLORAM, o IPUF e a SUSP; o SOS Gravatá, as associações de moradores da região da Bacia da Lagoa, ONGs preservacionistas, associações de surfistas, pescadores, ambientalistas e os empreendedores.

Sua participação é muito importante porque é nossa responsabilidade preservar o Gravatá para as futuras gerações. Participe!

domingo, agosto 10

Undersurf Party.

Undersurf Party.
Onde: Célula Cultural
Quando: Sábado dia 16/08
Quem toca: Damadera, End of Pipe e Rael LDC
Horário: A partir das 23h
Quanto: R$ 10,00

Nesse sábado, dia 16, as bandas Damadera, End Of Pipe e Rael LDC, prometem movimentar os alternativos. Muito som numa festa que reúne os malucos das calçadas e do mar.

A parada é a seguinte: A produtora Undermusic Records aposta na proposta de trabalhar com os mais variados estilos musicais, trazendo assim a liberdade para o cenário da noite ilhôa.

A discotecagem vai ficar por conta dos músicos, artistas, jornalistas, skatistas e surfistas. Promovendo dessa forma a diversão entre amigos onde qualquer um que goste de música possa fazer seus 30 minutos de set.

Taí uma boa opção para esse marasmo cultural local.

sexta-feira, agosto 8

Coisa fina...

Gente daqui, fazendo coisas bacanas. Garanto pra você, que se ele fosse de Sampa ou do Rio e, "amiguinho" dos editores das revistas nacionais ditas especializadas, aposto que já teria ganho espaço e divulgação nacional... Mas as coisas não funcionam assim: Vai lá, faz uma visita e confira o trampo do cara. Vale a viagem: PG Oficial e o Blogue.

quarta-feira, agosto 6

Beyond Blazing Boards...

As esquerdas mágicas de Padang e Uluwatu voltaram a cena após a etapa do WCT disputada recentemente na terra dos "Mil Templos". O último campeonato válido pelo circuito mundial em Bali foi no longinquo ano de 1982.

O “OM Bali Pro” organizado pela extinta IPS em 81 e 82 contou com a participação dos melhores surfistas da época, e dois australianos, goofy-footers, e exímios tube-riders fizeram a festa na final. Jim Banks levou no primeiro ano e no seguinte a etapa foi vencida por Terry Richardson. No fim daquele mesmo ano, outro australiano, Mark Richards conquistava o seu quarto e último título mundial e saía de cena.

As ondas de Uluwatu surgiram para o mundo do surfe no épico “Mornigh Of The Earth”. Produzido em 72 por Albie Falzon, numa das cenas memoráveis, os surfistas Rusty Muller e o garoto Steve Cooney aparecem caminhando em direção ao outside na rasa bancada com esquerdas perfeitas ao fundo.

Albie ainda produziu anos mais tarde "Ulu 32", um filme que retratava as mudanças ocorridas nas últimas décadas em Bali e a crescente e inevitável explosão turística da Ilha após o sucesso de Mornigh Of The Earth. Beyond Blazing Boards foi outro filme que projetou para o mundo do surfe as ondas de Padang e Uluwatu. Isso já no início dos anos 80.

Numa das seqüências, (no vídeo abaixo) o havaiano Ronnie Burns, já falecido, aparece em perfeita sintonia com as esquerdas de 8’ pés na bancada de Padang, com água translúcida, sol e vento terral ao som dos “The Untouchables” ao fundo.

Lembro que não foi fácil assistir esse tal de Beyond Blazing Boards pela primeira vez. Aliás, nada era muito fácil no início da década de 80, bem diferente das facilidades do mundo moderno dos dias de hoje.

A apresentação estava marcada para rolar numa boate perto da minha casa numa festa entitulada “Abrindo as Noites de Verão” e organizada por uma figuraça do meu bairro com o apelido de Kiko Vassoura.

Kiko não pegava onda. Mas fazia onda. E todos sabiam. O cara era de uma estileira, uma marra sem igual. Mas ninguém se importava, pois Kiko era divertido, um contador de histórias e sempre solicito com todos. Essa festa era tradicional e reunia gente de tudo quanto era canto da cidade.

Lembro que ao chegar na festa observei a mesa gigante de frutas o telão armado, e logo ao lado uma prancha zerinho em folha que iria para sorteio ao público horas mais tarde. Sei dizer que no meio da noite não cabia mais ninguém na balada. De repente a música é interrompida pelo organizador que fala algumas palavras no microfone e o filme, enfim começa.



Porém, para minha frustração, foi só as primeiras cenas surgirem no telão para o tempo fechar de vez. O pau pegou literalmente. Uma briga generalizada interrompeu a apresentação do filme. Era cadeira e mesa pra tudo quanto era lado. A cobra fumando a porrada comendo solta e, no meio do salão o tal do Kiko agarrado à prancha e aos gritos de a festa acabou!

Sei dizer que somente anos mais tarde consegui assistir Beyond Blazing Boards, na integra. Dia desses, conversando com o Fabinho Gouveia, ele me contou que Beyond... era um dos seus filmes prediletos mas, que também não dispunha em seu acervo.

Coincidentemente, naquela semana, encontrei o Paulinho Orelha um camarada das antigas que me disse que havia transformado a sua fita vhs original em dvd e que gravaria um cd do filme de presente pra mim. O tempo passou, e agora, estarrado no sofá, posso assistir Beyond Blazing Boards tranquilamente no conforto da minha casa. Isso se a minha mulher não inventar de me pedir para levar o lixo, ou dar uma olhada no meu filho, ou ainda sair para comprar pão no mercado...

domingo, agosto 3

As fotos já estão no ar...

As fotos do J’Bay Surférias de inverno no CIC já estão disponíveis.
É só clicar!

Delírio Luso!

“O dia em que a casa foi abaixo”... A última madrugada vai ficar na nossa memória para sempre. Slater, o rei dos adjectivos, subjectivos e objectividades, foi dominado pelo Tiago de uma maneira que tão cedo não vai esquecer. Valendo o que vale, é uma vitória histórica. Quanto ao surf em si, nada me surpreendeu – aquele é o Saca e aquilo é o tipo de coisas que ele pode fazer. Ontem, a noite foi longa...

Sabe aquela vitória aos 45 minutos do segundo tempo em jogo difícil e fora de casa... Acho que essa a sensação dos amigos portugueses nesse momento, de imensa felicidade, após a vitória do português Tiago Pires sobre Slater em Uluwatu e um terceiro lugar inédito na carreira como profissional no WCT...

Vai lá! SACou!

sexta-feira, agosto 1

Ontem no CIC...

Ontem, no Cinema do CIC, um bom público prestigiou a edição de inverno do “J’Bay Surférias”. Durante o dia foram exibidos seis filmes, 3 vídeos nacionais e outros 3 internacionais, com destaque para: Indo.Doc, Season, HB Soul, Freesurfer A Onda Virtual, Somewhere e Hurley 07, os dois últimos como lançamento nacional – primeira exibição no Brasil.

As fotos do J’Bay Surférias serão disponibilizadas no site S365 a partir desta segunda-feira, dia 4.

Quem passou lá no CIC foi o parceiro Renan Rocha, que veio direto de Sampa para lançar seu mais novo projeto, “Freesurfer A Onda Virtual”, e de quebra ainda sorteou alguns dvds pra raça.

FLASURF OU SURFLA?

A associação Flasurf é um grupo de torcedores do Flamengo que tem em comum além da paixão pelo time e por surfe, uma enorme vontade de fazer um mundo melhor.

O grupo desenvolve o projeto AMICCA (Amigos da Criança com Câncer) para dar assistência aos pacientes do INCA e Hospital do Fundão. Os associados precisam doar mensalmente uma lata de leite em pó como forma de arrecadação para as doações da entidade.

A Flasurf realiza o evento “Feijão Amigo” no próximo dia 8 de agosto na Ilha Primeira, Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Entre as atrações da noite, shows com bandas e djs animando a balada. Para garantir a entrada no “Feijão Amigo” é necessário levar 1 quilo de feijão e depois da meia-noite também serão cobrados R$ 5.

Fica aqui um toque: A associação também poderia se chamar SURFLA, que tal? A moçada da Torcida Surfigueira – “A primeira torcida de surfistas do mundo” – torcida do Figueirense FC gostou da idéia e planeja algo dentro desse perfil para breve aqui em Floripa.

Imagem do dia...

Jacque Silva vence em Cascaes, Portugal, etapa 6 estrelas do QS e vai pra galera...

Por um fio...

"A prática foi repaginada por alpinistas, assume outro nome, slakline, um perfil mais esportivo e de algum tempo para cá está ficando mais conhecida. Surfistas, skatistas, a galera que curte um pedal e outros esportistas, praticam para adquirir mais equilíbrio e concentração". Vai lá e depois volta aqui para me dizer se tens coragem pra encarar... A dica foi do camarada Bruno Falcão.