segunda-feira, maio 31

Conjugando a cavada

Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam.
Não é bonito, mas é profundo!

sábado, maio 29

Enquanto isso...

Boletim concorrente do camarada Rochinha feito literalmente da beira da praia. Aqui, com a gente é assim. Ou liga pra mim no Surfone (48) 8401 0365 ou liga pra ele no Disk Ondas (48) 8412 9380. Em qualquer um dos dois "serviços" você confere as condições do tempo e do mar por essas bandas. Sábadão de ondas de até 1,5m nas séries. Ondulação de sudeste com leste. Período 9 segundos. Ventos do quadrante norte, fracos. Maré seca às 10h. Água entre 20º e 21º. Arzinho frio na beira da praia. Não esquece o long john. Mar subindo, de novo, nas próximas horas...

Dura do pescador


O mar estava uma merda é verdade. As ondas quebravam na beirinha...
Mas lá estavam eles tentando se divertir na praia de Palmas.
E lá estave ele, de olho no mar a espera dos peixes.

Diz o tiozinho pescador:
Joga essa merda fora, rapaz. Vai estudar pra ser homem na vida. Isso é coisa de maconheiro, vagabundo e sem vergonha.

Perguntamos nós:
E o direito de ir e vir, como fica?

Em época de Pesca da Tainha os ânimos ficam exaltados. E isso nunca irá mudar...

sexta-feira, maio 28

Ótimo negócio!

OPORTUNIDADE: Vendo casa na praia da Armação. Atualmente a 200m do mar, mas em algum tempo será na beira-mar. Um ótimo investimento para o seu futuro. (comentário do Sandro Murara no post "O mar invadiu"?).

quinta-feira, maio 27

Tubaca da Keala!

Puerto Escondido pra esquerda. Você ainda não viu nada.
Clica aqui e espere (só um pouquinho). O teto vai cair.
A "doidinha" da Keala Kennelly sem medo de ser feliz...

quarta-feira, maio 26

O mar invadiu?

As construções na orla da Barra da Lagoa, na praia da Armação no sul da Ilha, na Praia Brava (próximo ao bar do Pirata) no norte da Ilha, estão sentindo o impacto do avanço do mar. A foto acima é do Balneário Barra do Sul (litoral norte catarinense) na ressaca desse fim de semana. A Defesa Cívil busca saídas apenas paleativas como contenção com sacos de areia. Nada disso funciona. O que era pra ter sido feito não foi. Proibir construções próximas a beira do mar. Neguinho construiu sobre as dunas e agora reclama da situação...

Medina

"Ando muito cansado. Não aguento mais aeroportos. Viajei muito nesses últimos meses. Ainda bem que os meus pais vieram pra Floripa. É muito bom tê-los por perto. Depois do campeonato vou pra casa descansar um pouco..."
Gabriel Medina em entrevista na web durante o Maresia na Mole.

segunda-feira, maio 24

É melhor não rimar...

Pela web, Bruno Bocayuva, irmão gêmeo do Marcos Bocayuva do Zona de Impacto, mandou bem e fez história pelo canal Woohoo. Ele comandou a transmissão pela TV no sábado e também no domingo a partir das quartas de final. Ouvi regados elogios de alguns amigos que assistiram em casa o Maresia Surf International. Bruno mostrou conhecimento. Murilo Graf que no domingo assistiu as finais de camarote preparou mais um cartoon pra zoar geral. ManeAzia Pro 2010 - o campeão do vento suli foi "Aranburu" ou "Caramuru"? Na solenidade de entrega da premiação, do cocar, do troféu e do checão aos vencedores, algum manezinho mais empolgado encheu o peito e no meio da torcida bradou bem alto. O campeão aqui na Mole foi o "A R A N B U R I". É melhor não rimar! Aranburu com...

Jadson se permitiu sorrir

Jadson André passou o início dessa semana aqui em Florianópolis. E não foi nem sobra daquele Jadson alegre lá da Vila, do WT de dias atrás. O astral era outro. O tempo passou, a vida seguiu e no mesmo mês em que comemorou com centenas de torcedores a sua vitória e seu melhor momento na carreira ao vencer Slater, agora sofre com a perda da sua vó. Jadson soube do falecimento da sua vó Maria - com quem tinha uma ótima relação - durante os primeiros dias do Maresia Surf International. Acompanhado da namorada pensou até em abandonar o campeonato e voltar para Natal, mas desistiu da idéia persuadido por seus familiares. Ficou, competiu, perdeu e logo depois partiu. Antes porém, recebeu do artista Murilo Graf o cartoon (que você confere novamente aqui) da sua vitória sobre Kelly. Foi um dos raros momentos em que se permitiu sorrir...

Aulão com Bukão

Foi o meu quarto evento consecutivo como comentarista pela web no Maresia Surf International. Em 2007 fiz dupla com o saudoso Bola. Em 2008, também na Brava de Itajaí, formei um trio em parceria com o João Lopes (Fecasurf) e o Ferrinho (da associação local). Ano passado muita gente apareceu pegou o microfone e a situação por pouco não desandou. Nesse ano a transmissão fluiu muito bem com direito a aulas grátis (intensivão) ao fazer dupla com Marcos Bukão (foto). O mais experiente locutor em eventos no Brasil acabou pela primeira vez trocando a praia pela web. "Sabia que a coisa pela internet era mais light, sem aquela pressão de passar as notas e médias aos competidores, mas não esperava me divertir tanto", me confidenciou enquanto lia algumas das mais de 8 mil mensagens encaminhadas pelos internautas. E pela net Bukão conversava com todos, contava estórias, comentava sobre eventos passados, dava dicas, relembrava finais, tirava dúvidas das regras, e tudo sem tirar os olhos do monitor. É o seu 36º campeonato consecutivo! Nos últimos anos ficou raros fins de semana em sua casa no litoral santista. Passou esses últimos anos de palanque em palanque, conhecendo cidades, praias, fazendo e revendo amigos e trabalhando no que mais gosta... E eu que achava que conhecia um pouquinho desse tal de surfe dei conta de minha total insignificância.

Aranburu vence!

Domingo de gala na Mole. A chuva deu uma trégua. O vento voltou a ficar fraco e as ondas, bem as ondas, estavam lá novamente. Pesadas, fortes, sem falar na arrebentação. Uma condição de mar pra poucos. Li no texto do camarada Ader no Waves em que ele cita ondas de até 1,5m durante as finais do Maresia Surf International. Ele com certeza não caiu n'água... Foi mais um dia de ondas cascudas, acima dos 2,0m nas séries. O que faltou de emoção na grande final já que tanto Aritz como Dornelles estavam exaustos pois ambos vinham de outros três confrontos, sobrou na primeira semi-final entre Dornelles e Medina. Rodrigo quase deixa escapar a vitória nos instantes finais num erro imperdoável para um ex-top com 4 temporadas na elite. Faltando pouco mais de 2 minutos - ele com a prioridade - dropa uma esquerda grande, mas relativamente curta, e deixa Medina sozinho no outside. A sorte do gaúcho é que Medina, que precisava de um 5 e pouco para virar o resultado, acabou pecando pela imaturidade ao escolher afobadamente na sequência uma onda pequena. No minuto final uma série de esquerdas sólidas de 2,0m quebrou vazia. Medina poderia ter ido bem mais longe...

sábado, maio 22

WT 2011 em Saquá?

Anote aí. Isso é muito mais do que papo de bastidores. A etapa brasileira do WT do ano que vem, ao que tudo indica, vai mesmo para o Rio de Janeiro. Temos então duas opções: ou Itaúna (foto Aleko/Waves), cidade de Saquarema na Região dos Lagos ou móvel pela orla da cidade do Rio, o que é bem mais provável. A etapa em Imbituba então viraria um Prime. Quando ler essa notícia nos sites da grande rede, lembre-se que foi o Alohapaziada quem deu primeiro!

Medina X Alejo

Mais um dia de ondas mexidas e tempo chuvoso. O pior é que vai continuar assim no domingo. Um sábado cheio de bons confrontos e algumas surpresas. Gabe Kling - vencedor do prime de Trestles - que vinha bem nas primeiras fases não se achou nas oitavas e rodou. Um desconhecido (pelo menos pra mim), Dion Atkinson, foi o único que encontrou direitas vencedoras e sem muito alarde já está nas quartas. Como é bonito assistir o Dornelles em ação quando o mar está forte. É entre todos os que estão vivos no campeonato o que possue a linha mais polida e eficiente e não vi ninguém até o momento atacando as esquerdas pesadas da Mole como o Pedra. Heitor Alves também me surpreendeu. Surfando com uma squash 6'0 do shaper Xanadu, ele não só melhorou seu estilo, como deixou de quicar para ganhar a sessão e está muito mais vertical. Porém, se tivesse que apostar em um único nome, jogaria todas as minhas fichas no garoto de Bombinhas. Ele sem dúvida alguma é quem mais está andando nessas condições irregulares e além disso ganhou a simpatia da torcida. Numa rápida olhada na grade de confrontos vi que o Medina (foto) está na chave de cima e Alejo compete na chave de baixo. Bem que poderiamos ter essas duas promessas - já uma grata realidade - na super final do Maresia Surf amanhã na Mole. Que tal?

sexta-feira, maio 21

Alejo sobe

O Maresia Surf International se arrasta. Nunca vi ventar tanto como nessa semana em Floripa. O vento sul não dá tregua. Hoje, sexta-feira, é o terceiro dia consecutivo de ventos fortes. Nem queira saber o quanto é chato estar na beira da praia e pegar pela frente ventos de quase 60 km/h. O mar virou uma imensa máquina de lavar e uma loteria pro's pobres coitados dos competidores. As ondas - quase todas - quebram sem uma boa formação. Algumas esquerdas pesadas de quase 2,0 metros são surfadas da maneira que dá. Alguns poucos até conseguiram se encaixar nas condições adversas, caso do Alejo, do Willian e do Pedro Henrique que já estão no terceiro round. Por falar no Alejo, após a sua bateria numa entrevista para o pessoal da web, o garoto de Bombinhas mostrou maturidade nas respostas. Tranquilo, sensato, coerente, com um bom português, sem gírias e sem chavões do tipo tô amaradão, ele comentou sobre a sua participação. Gostei do que vi. O filho do Rubens tá no caminho certo...

quarta-feira, maio 19

Tá olhando aí por quê?

De fora parece fácil.
Bonita, perfeita!
Mas vai lá dentro...
Joaca, hoje pela manhã, antes do vento sul entrar rasgando.
Séries pesadas de 2,5m a 3,0m marchavam em direção a beira da praia.
No Magic Sea Weed, a informação indicava 10 pés com período de 9 segundos.
Para o decorrer da semana o mar baixa muito pouco.
Vai continuar cascudo até domingo.
Ondulação virando pra sudeste e vento sul para os próximos dias é o que indica a previsão.
Vai surfar?

Começou o Maresia na Mole

Floripa acordou nessa quarta-feira contando os prejuízos causados pela chuva e pelo forte vento leste que soprou durante toda noite e madrugada. E que vento forte! Acima de 40 nós, fácil. O vento agitou o mar e as ondas que estavam pequenas subiram em menos de 24 horas. Hoje na Mole as maiores ondas passavam dos 2,5m, cascudas, quebrando em intervalos curtos, dificultando a vida dos competidores. Que o diga Neco. Ele pegou uma onda logo no início da disputa e passou o restante do tempo remando contra a correnteza sem conseguir chegar até o outside. Muitas caras novas buscam o seu espaço. Esse aí na foto acima é Vicente Romero, moleque de 16 anos, local da Barra da Lagoa que conseguiu avançar para a segundo round. Ricardinho dos Santos, da Guarda do Embaú, pegou dois belos tubos e também avançou. Eu fico lá do alto do palanque - sequinho - só de olho no que essa molecada ainda vai aprontar. Acompanhe a transmissão on line do Maresia Surf International e mande a sua mensagem. Não vale me xingar, né?

domingo, maio 16

A vida

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro e nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o suficiente para poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Então você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna bebezinho de colo, volta pro útero da sua mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando e... termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"
A vida segundo Charles Chaplin.

Antes da final...

Olhe o que o nosso intrépido artista Murilo Graf descobriu ao remexer o seu arquivo de fotos durante as finais na Vila. É a imagem de um torcedor anônimo que conseguiu desestabilizar o Careca 9X, momentos antes da bateria decisiva. O "cara" de verde é o torcedor simbolo do Santa Catarina Billabong Pro... Cartas para a redação do Alohapaziada!

segunda-feira, maio 10

O Dragão e o Índio

Jake Paterson venceu em 98. Neco levou em 99. Trent Munro foi o campeão no ano seguinte. Depois de três edições consecutivas na Mole o Maresia Surf International mudou-se pra Brava de Itajaí por dois anos. Em 2007 deu Mineirinho, em 2008 Jano Belo. No ano passado essa etapa do WQS voltou pra Mole e um moleque abusado, até então desconhecido do grande público, Gabriel Medina, vindo da primeira fase tomou de assalto e conquistou o lugar mais alto do pódio. Tive o prazer de acompanhar todas essas edições e posso garantir que nenhuma foi tão marcante quanto essa de 2009. Faz tempo que não temos um campeonato internacional em Florianópolis com boas ondas e com o tempo firme. Que o "Dragão" e o "Índio" estejam inspirados e nos protejam.

É nesse sábado

Ficou para esse sábado, dia 15, na Praia Mole, o Test Drive Rider, com os novos modelos de pranchas Rusty. Uma ação promocional que vai durar o dia inteiro. São 7 modelos (fish, quatro-quilhas, redline) da série Rusty Surfboards 2010. Sávio Carneiro (chefe da equipe)comentou durante o test drive realizado no Rio de Janeiro uns dias atrás, que o modelo Dwart, campeão de vendas na Califórnia nesse verão é considerado a prancha sensação, com uma linha diferente dos modelos convencionais essa fish torna o surfe pura diversão em ondas pequenas. Tá todo mundo convidado pra pegar umas ondas e pilotar essas novas pranchas especiais.

sábado, maio 8

Surfar? Que nada.

Ventão sul, chuvinha fina, mar mexido, frio...
Surfar?
Que nada.
Eu quero é a Laurinha!
Vai cantar bem assim lá na minha praia...

sexta-feira, maio 7

Foi só passar um lustrador...

Hoje bateu uma saudade danada de rever alguns amigos. Amigos daqueles inseparáveis, de quando se é moleque, da época do colégio, de quando não se tinha compromissos maiores com a vida a não ser ir relativamente bem nas provas para poder enfim aproveitar os fins de semana.

Pensei em ligar para alguns deles, saber como estão, ouvir algumas novidades, lembrar do passado e dar infinitas risadas. É que o tempo tratou de fazer cada um seguir seu caminho. Uns casaram, outros já estão separados. Uns engordaram outros perderam cabelo e alguns poucos ainda continuam pegando onda. E pegar ondas ou até correr delas era o que fazíamos nos sábados e domingos há vinte e muitos anos atrás...

A foto acima é histórica afinal foi a nossa primeira ida até a praia de Palmas. Lá organizamos entre nós um campeonato que depois se tornou tradicional entre os amigos no bairro. O “Ressaca Surf” só rolava em condições extremas - de mar ruim – nunca, em nenhuma das oito edições, o mar apresentou uma condição legal, mas isso também pouco importava. O campeão levava um troféu e havia medalhas para o segundo e terceiro colocados.

Participar do “Ressaca Surf” era uma comédia porque ninguém pegava nada. Um ou outro achava até que pegava. O legal era a bagunça e os preparativos em torno do evento. E o mais divertido era o caminho até Palmas, principalmente em dias de chuva. As estradas de barro ficavam enlameadas e aí as tocaias, com guerra de lama, entre as turmas nos carros se tornavam inevitáveis.

Jorge Costa, hoje shaper, foi o maior campeão dos “Ressaca Surf”. Deve ter vencido umas três edições, todas até hoje sob suspeita. O que acontece é que nós mesmos nos julgávamos quando não estávamos n’água competindo. E Jorge como juíz roubava na cara dura com o objetivo de eliminar seus adversários mais fortes.

Na foto da esquerda pra direita uma parte da raça reunida:

Nelson (vestindo uma roupa de mergulho) é treinador do Tupper time de futsal de São Bento do Sul. Foi o vencedor da primeira nossa edição do nosso "Ressaca".

Jorge Rato (camisa branca) trabalha com pescados.

Marquinhos (calção verde) torceu o joelho e se aposentou pro surfe. Ainda guarda na garagem de casa uma Joca Secco toda amarelada pra lembrar dos bons e velhos tempos.

Fabiano (calção vermelho e de taça na mão) foi o campeão da nossa segunda edição com uma única onda surfada até a beirinha.

O Marcelinho está lá no fundo. O Siri era uma figuraça. Ficava o tempo todo boiando no outside esperando a boa da série que nunca vinha. De tando estudar virou Promotor de Justiça. Mora em Lages. Esse deu certo na vida!

Sem camisa, com punho cerrado, o shaper JC, que nessa edição ainda não havia planejado a tal malandragem que começou a partir da nossa segunda edição. Jorge tinha um fuscão e era com ele lotado que íamos pro surfe. Isso quando a mãe dele liberava.

De camisa verde com uns coqueiros desenhados (coisa medonha) aparece o Emerson. Era um garoto esbelto, forte. O apelido diz tudo: Sansão. Até que levava jeito no surfe, foi um bom jogador de futsal e hoje é um ótimo advogado. Qualquer encrenca é com ele.

E de calção quadriculado e jaqueta Mormalho – nunca diga dessa água não beberei - o terceiro colocado. Dias desses achei essa medalha numa gaveta no meio de outras tantas bujigangas. Lá estava ela, enferrujada e com o escrito no verso já quase desaparecendo.

Foi só passar um lustrador e ela voltou a brilhar...

quinta-feira, maio 6

Kelly ficou tontinho...

Mais uma! Taí a versão do cartunista Murilo Graf para a vitória do potiguar sobre o 9x campeão do mundo lá na praia da Vila. O que a imprensa marrom omitiu, não informou, sequer divulgou, é que pós final, Mr Slater teve uma rápida passagem pelo Hospital de Imbituba. Lá, foi diagnosticado uma labirintite aguda adquirida após observação de uma sequência interminável de aéreos do cabra Jadson nordestino porreta André. Se não fosse a equipe competente do "Sarna Surf", kellinho não teria tido alta ainda...

Arroz de festa

Dizem que conhecemos a essência de um artista no seu terceiro trabalho, na sua terceira obra, seja ele músico, videomaker, escritor, pintor, escultor, cineasta. O primeiro pode até ser considerado como o melhor, o que de repente recebeu maior interesse da crítica, o melhor de vendas, ou de maior sucesso junto ao público. Muitos somem, desaparecem na poeira de uma segunda produção... Seja cd, dvd, filme, pintura, livro, é no terceiro trabalho, que a coisa adquire maior identidade e se solidifica. Tudo isso pra dizer que o Jornal Drop chegou ao número 100. Se é difícil e tortuoso de fazer o primeiro, de se chegar ao segundo, de manter o espírito com o terceiro, imagine chegar a 100 edições. O jornal que começou lá em 1998 com o jornalista paulista Felipe Fernandes e o fotógrafo carioca Flávio Vidigal segue firme tocado por outras mãos e mentes. Carol e Zago juntos com o Eduardo continuam com a saga de manter o Drop vivo. Nessa quinta-feira, dia 6, eles fazem a festa e recebem amigos e colaboradores no Vecchio Giorgio na Lagoa da Conceição. E é mesmo pra se comemorar! Só esqueceram de mandar os convites...

segunda-feira, maio 3

Pouco surfe na TV

Tirei esse fim de semana de ondas fraquinhas para dar um descanso no esqueleto após dias movimentados em Imbituba. Estatelado no sofá de casa e de controle remoto na mão zapeei sem compromisso pelos canais em busca de distração. Um futebolzinho aqui, um Low & Order na Universal, um documentário na GNT sobre o planeta Terra (aliás muito bem produzido), um vídeoclipe no Multishow (que coisa apelativa as negras americanas cantando rap e exibindo o corpo), e até o Caldeirão do Hulk e Faustão passaram na minha telinha. Pra variar pouca coisa interessante.

Me chamou atenção imagens do capotamento de um carro que depois de rodar inúmeras vezes acabou caindo junto ao público que assistia a corrida. Ainda bem que tudo não passou de um susto.

No instinto eu sempre acabava procurando os canais de esportes. No Sportv-1, dá-lhe tênis! Mas como coça a bunda aquele Nadal? Que cacoete feio. Alguém precisa orientá-lo. Toda vez que vai sacar ele leva uma das mãos até a bunda para desatolar a cueca. Que coisa medonha.

No Sportv-2, canal 39, além do programa Tá na Área e de vários documentários sobre histórias das Copas do Mundo, assisti a grande final do volei com a Cimed campeã. Só consegui ver surfe no programa Zona de Impacto, com as imgens do último big swell que invadiu o litoral brasileiro. O novo apresentador até que manda bem, tranqüilo, sem poses nem gírias e sem marra.

O que gostaria de dizer - e vou tentar - é que ao longo dos dois dias (sábado e domingo), foram seguidas reapresentações desses mesmos programas. A super final do volei foi reapresentada umas cinco vezes, as partidas de tênis, os documentários com as histórias das Copas de 62, 82 e 2002, enfim. Até esse tal capotamento passou no Fantástico pela enésima vez.

Porém, não vi sequer um boletim com informações da etapa do mundial de surfe. Nada do Billabong Pro Santa Catarina. Ou uma nota da vitória do Jadson André. No Globo Esporte de sexta-feira, um dia após a sua vitória, o feito do brasileiro havia rendido pouquíssimos segundos de destaque.

Durante os dias de campeonato na Vila dava pra notar que o pessoal da Rede Globo tinha total liberdade de trabalho enquanto as demais emissoras aguardavam numa área reservada. Renan Rocha, pela ESPN, ficou maluco do outro lado da cerca a espera de um melhor momento para produzir seu material. Outros fotógrafos, repórteres e cinegrafistas se acotovelavam para conseguir uma entrevista, uma foto ou cenas dos atletas. A chiadeira deixava no ar um clima nada amistoso.

Por força do contrato de exclusividade os organizadores priorizam a Rede Globo e RBS-TV. Só que essas mesmas emissoras utilizam muito pouco material nos seus programas. A cobertura foi ridícula nos canais que detinham o direito do evento. E quem perde com isso somos todos nós que vimos pouca coisa ou quase nada pela TV. Até nos dias em que a transmissão pela internet ficou comprometida nada se veiculou.

O Edinho Leite em seu blogue comenta a respeito dessa situação e numa frase resume bem o meu texto. “Resta a esperança de que um dia a própria ASP possa negociar essa importantíssima peça do jogo (transmissão). Será ótimo, tanto para o esporte quanto para atletas e público, que realmente alguém possa fazer um trabalho bacana e com compromisso”.

Fotos: Júlio Cavalheiro, retiradas do Blogue do Banana.

Você decide

E aí, na sua opinião, quem é o mais ET?
( ) Valdyr Agostinho, o homem das pipas lá da Barra da Lagoa
( ) Colunista do DC e da RBS-TV
( ) Kellinho
( ) Exmo "gove" de Santa
( ) Repórter que virou apresentador

domingo, maio 2

Jadson cearense?

Fala aí, Jadson: cearense é quem nasce no Ceará. Quem nasce no Rio Grande do Norte é potiguar...

Aloha amigos!
Como não poderia deixar de fazer, dedico esta postagem ao jovem surfista “cearense” Jadson André, que levantou a bandeira brasileira em território nacional ao vencer a terceira etapa do WT.


Tá lá no blogue do "
Rico".

Corrigindo então o texto do De Souza...

Aloha amigos!
Como não poderia deixar de fazer, dedico esta postagem ao jovem surfista “potiguar” Jadson André, que levantou a bandeira brasileira em território nacional ao vencer a terceira etapa do WT.

Jadson André local de Ponta Negra no Rio Grande do Norte.
Ceará, Rio Grande do Norte são estados próximos. Ali tudo é tão pertinho, porém...
Se até o Rico de Souza, a lenda, o embaixador do surfe brasileiro errou, porque a Sportv e a Globo também não podem?

sábado, maio 1

Jadson nos tirou das trevas!

“...CJ Hobgood escreveu no seu twitter que air reverses são o novo cut-back, de tão simples para a nova turma que chegou ao tour.
Ninguem tem a percentagem de acertos como Jadson.
Matt Wilkinson pode voar quanto ele quiser, Owen pode ir mais alto, os Gudauskas rodar e ropopiar, mas ninguém volta de tantos aéreos quanto Jadson.
Nem Dane, nem Jordy.
Não digo que os aéreos do Jadson são mais altos, nem mais difíceis, simplesmente ele conseguiu incorporá-lo no seu repertório melhor e mais rápido do que o resto da turma.
Antes da final, João Carvalho, homem das estatísticas da ASP South America, passara ao meu lado e cochichou, se Jadson ganha, vai pra quarto empatado com Fanning.
Pensei nas possibilidades.
Melhor início de temporada dum brasileiro em toda a história.
Primeira vitória dum brasileiro desde Peterson Rosa em 98 na Barra, virando na última onda com um aéreo, pra cima do Mick Campbell.
Tá aí o elo entre as duas vitórias.
Peterson antecipou em 12 anos a manobra que nos tiraria das trevas...”


Leia o texto do Julio na integra. Aqui ó!

Na mesma sintonia:

Engraçado que no caminho de volta pra casa, enquanto dirigia pela BR101, ainda vivenciando a conquista do Jadson André, lembrei da onda do Peterson lá na Barra da Tijuca no Rio Marathon Pro já no distante 1998. Também um aéreo só que no inside, pra passar a régua e fechar a conta do Campbell. Tanto no Rio como em Imbituba, ambos, só que em momentos distintos, nos fizeram flutuar de alegria!

Quem é o mais ET?

Essa charge é a primeira de uma nova série produzida pelo artista Murilo Graf. Vou ter que explicar pra quem não mora em Floripa. Esse aí é o "Hélio Crosta", um bem sucedido repórter policial de rádio, hoje apresentador de um programa na Rede Record, com o nome pra lá de sugestivo: Jornal "Móe o Dia". Da vida bandida das ruas da cidade ao surfe nosso de cada dia. É muita carnificina...

Yes, temos Jadson!

Alô editores:
Quem sabe agora nossas revistas especializadas possam dar a esse garoto o merecido espaço de destaque em suas páginas. É o brasileiro melhor estreante de todos os tempos na corrida pelo titulo mundial de surfe profissional. E têm só 19 anos. Jhon-Jhon Florence? Forever Young?

O futuro chegou:
Jadson está na água nas quartas de final. Nos últimos instantes, na última onda, ele vira o resultado a seu favor com dois aéreos muito altos contra Michel Bourez. O português Tiago Pires, incrédulo, se vira para Jeremy Flores e fala: O que nós estamos fazendo aqui ainda?

Coitado:
Luke Munro saí desolado após ser massacrado no confronto com o Jadson André. Entrega sua lycra para o beach marshal. Nesse meio tempo se aproxima um amigo também australiano. Ele gesticula com os ombros e sussurra algo tipo: Nem com ajuda de Deus. Não pude fazer nada!

Considerações do WT

Cenário armado:
A lua cheia e o céu estrelado na madrugada era prenúncio de um dia mágico. No nascer do sol um tom alaranjado. O mar com esquerdas pequenas mas bem formadas. Tudo indicava para uma sexta-feira especial em Imbituba.

Nova era:
Por pouco nessa etapa brasileira não tivemos a tão alardeada mudança de guarda no WT. Faltou combinar com o Slater antes da bateria contra o moleque australiano Owen Wrigh.

Números:
Em 86, no Hang Loose Pro Contest, cerca de 40 mil pessoas lotaram a praia da Joaquina durante as finais. Em 2003 no Nova Schin Festival cerca de 15 mil assistiram a vitória de Slater sobre Mick. Ontem o público não chegava a 5 mil pessoas. Será que o surfe cresceu mesmo?

Gol de placa:
Se no ano passado Mineiro bateu na trave ao perder nos instantes finais. Nesse ano Jadson deu o troco e fez um gol de placa, digno de um Maraca lotado e aos 45 minutos do segundo tempo...

De arrepiar:
A Vila se transformou num estádio de futebol. E a sofrida torcida brasileira cansada após anos seguidos sem resultados expressivos de seus ídolos gritou bem alto: É campeão! É campeão!