quinta-feira, janeiro 31

A chuva, as marolas e a morra...

"Ainda não foi nesse ano que meu camarada Beda Batista voltou a botar prá baixo nas cracas da Vila"

Alguns dias antes da virada do ano, com as informações da confirmação da invasão de milhares de turistas às nossas praias, o presidente da Companhia de Água e Saneamento de Santa Catarina - CASAN, Walmor De Lucca já anunciava: “Fiquem tranqüilos (!), não irá faltar água durante a temporada de verão”....

Que "homi" bom esse tal de De Lucca, hein? Já havia combinado tudo antecipadamente com São Pedro e não disse nada... Isso é que é pessoa preparada, talhada para tal função e cargo...

Pelas minhas observações e anotações, não lembro nesses últimos 9 anos, de uma temporada de verão tão úmida e tão ruim de ondas como essa que estamos vivendo no litoral de Santa Catarina.

Foram 14 dias, sendo os últimos 7, quase que consecutivos abaixo de chuva. Tivemos 12 dias de sol com poucas ou quase nenhuma nuvem no céu, além de 5 dias com o céu parcialmente encoberto, cinzento, típico de outono.

Já o mar deixou a surfistada na roubada. Netuno resolveu tirar férias também. Foram 15 dias de ondas fracas entre quase flat e marolinhas de no máximo 0,5 metro. Outros 10 dias foram de ondas na altura de 1,0 metro nas séries. Já com ondas acima de 1,0 metro, tivemos somente 5 dias. E no último dia 28, segunda-feira, rolaram as maiores ondas desse ano com séries atingindo os 2,0 metros, porém balançadas e em condição de storm.

Nesses 31 primeiros dias de 2008, não rolou sequer um com ondas de qualidade, tivemos sim períodos, momentos de boas ondas, pois os ventos, geralmente do mar (leste-sudeste) tratavam de estragar a nossa brincadeira. Numa rápida retrô desse janeirão meia-boca, destaque para o cabra da peste Pablo Paulino, bi no pro junior, Bruninha (que na minha opinião não pega nada) vice lá na Austrália (surpresa geral) e, Carlos Burle numa montanha d'água em Ghost Tree direto para capa da revista Surfer. Eu disse "Capa da Surfer"... Isso não é pra qualquer um...

quarta-feira, janeiro 30

Tá lá no blogue do Túlio...

“Surf City nas mãos de um juiz”

O texto comenta sobre a briga nos tribunais americanos pelos direitos de imagem do surfe, movido pelas câmaras do comércio de Santa Cruz e Huntington Beach. Ambas usam “Surf City USA” algo como a “Cidade Surfe”.

Imagine se a discussão vem pra essas bandas de cá...

Engraçado é que pensei sobre isso quando estive em Ubatuba, em outubro, durante o Onbongo Pro Surfing. Até pedi ao fotografo Basílio Ruy para que tirasse uma foto (acima) da viatura da prefeitura estacionada atrás do palanque devidamente adesivada (repare na onda em azul e vermelho e a citação logo abaixo). Notei que nos pontos de ônibus, nas placas indicativas das praias e até na fachada da rodoviária havia o logotipo da prefeitura com os seguintes dizeres: “Capital do Surfe”.

Achei a idéia bacana da prefeitura local em associar a cidade ao surfe, afinal tem tudo haver, inclusive em algumas cidades a coisa anda virando moda, embora com toda discriminação que o surfe carrega e ainda exista em nossa sociedade.

Agora, me responda, qual cidade do Brasil deveria ter o direito no uso da expressão “Capital do Surfe”?

Embora digam que na república dos bananões não há ondas, a briga por aqui também seria boa com a promessa de muitos rounds: Saquarema, Guarujá, Floripa, Imbituba, Garopaba, São Sebastião, Rio de Janeiro?

Seja então você um juiz. É lhe dada uma grande chance!

Diga aí, na sua "humilde" opinião, com quem ficaria o título de “Surf City Tupiniquim”. Mas não me venha com essa de defender a qualidade das ondas, porque na verdade é tudo uma só M....

Videozinho com "Sua Santidade".



- Mark Richards????
- Shaun?
- Carrol??
- Potter?
- Damien??
- Lynch?
- Occy?
- Curren???
- Andy???
- Fanning?

Tudo bem, vai lá, pode ver de novo...
Eu sei, eu sei, não deu pra entender tudo muito bem ainda, né?

Mas antes uma dica: Não pode piscar!

Aperta o play e vaí...

Pra dar aquela instigada no banho de amanhã pela manhã...

sexta-feira, janeiro 11

The Morning Sun no Matisse...



The Morning Sun, banda local de Floripa, vai movimentar o Café Matisse, bar anexo ao espaço CIC, no próximo dia 17, quinta-feira, na primeira edição do Surférias – evento que irá reunir numa só noite, filmes inéditos de surfe e muita música.

Formada em setembro de 2005, já tendo se apresentado em diversas casas noturnas aqui do estado, realizou um show memorável nas areias da praia Mole no ano passado, durante o encerramento do Surfestudantil, competição entre colégios.

No repertório, músicas de Jack Johnson, Ben Harper, Pete Murray, Donavon Frankenreiter, The Beautiful Girls, John Butler Trio, Red Hot Chili Peppers, The Police, The Cure e canções originais do vocalista e compositor Luciano Costa que bebe nas fontes acima citadas.

Confira a programação – Cinema do CIC:
19h00 – Mixed Tape – Filme da Reef.
20h00 – Young Guns 3 – Filme da Quiksilver.
21h15 – Hot Buttered Soul – Filme da HB – Lançamento nacional no Surférias.
22h15 – Trilogy – Filme da Billabong.

Café Matisse Pub
20h30 – Banda Juca Boom
22h30 – Banda The Morning Sun

Ingressos antecipados, limitados, podem ser adquiridos na rede de lojas J’Bay (Shoppings Beiramar, Itaguaçu, ARS), no valor de R$ 10,00 – para cada filme. O ingresso dá o direito de curtir as bandas, além de concorrer ao sorteio de 4 pranchas zeradas e ainda você leva na faixa uma parafina Pacific Waves.

terça-feira, janeiro 8

Trilogy no CIC...



Trilogy, o novo filme da Billabong, será apresentado durante o SURFÉRIAS, programado para rolar no dia 17 de janeiro - quinta-feira - no Cinema do CIC às 22h15. Um dos mais aguardados filmes de surfe do ano, Trilogy já recebeu inúmeros prêmios nos festivais mundo afora. Recentemente, durante a Mostra Alma Surf - III Festival Internacional de Cinema, realizado aqui no Brasil (RJ, SP e SC) - mais dois prêmios: melhores ondas e melhor trilha sonora.

Sinais da globalização...

Sou do tempo que quando algum surfista chegava numa festinha americana, lembra(?) daquelas das antigas, todo mundo olhava, atravessado, achando-nos bichos-entranhos-grilos. O cabelo, a roupa, o jeito largado de andar. Não havia meio-termo. Ou o cara era playboy ou o cara era surfista.

Nas festinhas de 15 anos então, geralmente o pai da aniversariante é que liberava a entrada de galera depois de uma boa analisada dos pés a cabeça. Vi muito neguinho sendo barrado na porta da casa mesmo com convite nas mãos. Presenciei cenas ilárias.

Acontece que de uns tempos pra cá tudo mudou. Hoje em dia todo mundo pega onda. O surfe deixou de ser uma “coisa” de vanguarda, de ser alternativo. Sinais da globalização.

A rádio Band Fm, líder no Ibope no segmento popular no rádio catarinense também se rendeu ao surfe e disponiblizou para os seus ouvintes o boletim com as condições do tempo e do mar.

Agora, entre um pagode e um sertanejo, você que mora no litoral catarinense também tem a opção de saber se vai dar onda ou não. É o surfe se popularizando.

sexta-feira, janeiro 4

No blogue do Rico...

Algum tempo atrás comentei aqui mesmo no Alohapaziada sobre a falta de reconhecimento por parte da mídia dita “especializada” em relação aos resultados e as recentes conquistas da manezinha Jaqueline Silva.

Nesse ano de 2007, todos os holofotes estavam voltados para as performances da cearense Silvana Lima no surfe feminino. Para muitos, Silvana era e continuará sendo a esperança de um tão sonhado título mundial. Durante a abertura da temporada do Tour, lá na Austrália, em março, acompanhei estupefato, pela Sportv o espaço dado nos programas da emissora para a Silvana. O repórter Kiko Menezes em suas matérias especiais direto do front enchia a bola da Silvana, que acredito merecer tal espaço, porém nada era dito, ou sequer mencionado, sobre a participação e as expectativas da Jacque.

Recentemente li alguma coisa - uma meia dúzia de mal traçadas linhas - sobre a Jaque nas revistas Fluir e HardCore – nossas principais referencias "especializadas" no reino tupiniquin. Os textos, pobres, comentavam “apenas” como se nada fosse uma conquista do título de bi-campeã do WQS.

Acabo de ler no blogue do Rico o seu texto de fim de ano e sua retrospectiva pra lá de superficial sobre os brasileiros nas competições mundo afora nesse ano. Rico, a exemplo de Kiko Menezes também esqueceu de mencionar o nome da Jacque – afinal o principal resultado e conquista brasileira num ano sem ao menos um pódio no surfe masculino.

Tudo bem, do Kiko é até aceitável, afinal ele nada tem haver com o surfe, um verdadeiro outside. Mas não esperava do Rico esse “esquecimento”. Para uma pessoa com o seu passado dentro do esporte, com muita água salgada no corpo, com quilometros de ondas surfadas pelo mundo e muita areia nos dedos dos pés, sabe muito bem o que representa uma conquista dessas. Acredito que o sol forte da praia do Recreio, na cidade maravilhosa, esteja afetando a mente do nosso veterano campeão.

Ah, se a Jaque fosse carioca!...

É verão!

Tem alguém aí?
Tem alguém aí do outro lado da tela do computador?
Com todo esse sol lá fora. Com todo esse calor...
Tá todo mundo na praia!

Quarta-feira – 2 de janeiro.
Saí de Itapirubá, Imbituba, às 6h30 da matina, passei na praia da Vila para dar aquela olhadinha no mar e às 7h00 já estava na estrada. De lá até Floripa – cerca de 90 Km, levei, pasmem, 5 horas no trânsito, dentro do carro, só de primeirinha, curtindo as “paisagens” de uma BR101 que insiste em não ser duplicada...

Eu também quero ficar na praia!

Na Ilha, não está diferente. É gente pra tudo quanto é lado. Ir para a região da Lagoa da Conceição no fim de tarde virou um verdadeiro caos. A fila você já pega no bairro do Itacorubí, bem antes da subida do Morro da Lagoa. Se o ar condicionado do seu carro estiver quebrado, prepare-se para derreter com sol na mulera e os termometros nos 32ºC. De ônibus então. SOCORRO!...

E o lixo na praia? Meu Deus! Que gente porca.
Hoje, sexta-feira, logo no clarear do dia estive na Joaca e não acreditei. O cenário era de pós guerra. Muito, mas muito lixo deixado nas areias da velha Joaquina. E na Mole não está diferente. E em Palmas (Gov. Celso Ramos) um amigo me disse que também tem muito lixo por lá. Até na RBS-TV, foi veiculada uma imagem (foto) das areias da celebrada, cultuada, Jurerê Internacional imunda. Educação e respeito os turistas granfinos esqueçeram em casa.

É Beda, não está mole não. Tem gente saindo pelo ladrão aí em Imbituba, em Garopaba, no Farol de Sta Marta, Floripa, Balneário Camboriú...

Assim como as águas-vivas os EC’s também estão por toda parte.
É o verão meus queridos. Relaxe, ele passa logo...