sábado, dezembro 25

Chaminé? Que nada!

Papai Noel em chaminé é coisa do passado. Depois que ele descobriu o surfe nunca mais foi o mesmo. Deu altas ondas. Ele abandonou os presentes e se jogou pra água. Quer melhor presente? Confira a sequência: a remada, o drop e o tubo do Noel, aqui.

quinta-feira, dezembro 23

Presentão!

Acabo de ganhar do amigo Rochinha - surfista das antigas, local do Leme-RJ - a sua coleção de Revistas Brasil Surf. Ele sabia da minha biblioteca surfística e me presenteou. Disse que na sua casa não havia mais espaço pra essas coisas... Lançada em 1977 a primeira revista de surf do Brasil durou 3 anos, 14 edições (pelo menos são essas que tenho em mãos agora e mais três exemplares duplos). As que ganhei hoje estão em ótimo estado de conservação. Papai Noel foi generoso e chegou mais cedo nesse ano. Tenho certeza que vou me divertir bastante nesses últimos dias de 2010. E que elas sirvam de inspiração para as próximas postagens. E pra você, amigo leitor do Alohapaziada, um Natal de paz, saúde e muita harmonia. Que assim seja!

A espera do swell.

Informações dão conta que os surfistas locais aguardam ansiosamente a chegada de uma forte ondulação - que insiste em não entrar - para que se possa enfim começar as disputas do "1º Campeonato Mineiro de Surfe".

quarta-feira, dezembro 22

Carta a um jovem surfista...

"...Através do surfe fazemos muitas amizades que vêm e vão como ondas, no balanço do mar. Eu tive o privilégio de ter um amigo de verdade durante alguns anos importantes na minha formação como surfista e como homem. Nos seus últimos momentos, Alexandre confessou a sua namorada que deveria ter surfado mais, assistido mais filmes de surfe, lido mais revistas de surfe..."

Júlio Adler - Coluna Sopa de Tamanco/Revista Hardcore - Dezembro 2010.
O texto vale a revista...

A turma de BC

Dia 26 vou ter uma nova chance de rever os amigos das antigas em Balneário Camboriú. O "4º Encontro de Gerações da Turma do Camboja" se transformou numa grande festa de confraternização. Clique aqui para saber + sobre o evento.

David Husadel, Bilo, Saulo Lyra, Marcos Reis, Nagel Melo, Ícaro Cavalheiro, Luli Pereira, Terence Schauffert, Cristian Vaccaro, André Huebes, James Santos, Willian Cardoso, os Amorim Eduardo e Guto, Fabiano e Luciano Fischer, Harry Werner, Mickey Bernardoni, Klaus Kaiser, Roni Lazzari, Sidnei Orsi, Dênis Cardoso, Malhado, Paulinho da Marbela, Charles, Teco e Neco...

Balneário Camboriu com suas ondas fáceis - um verdadeiro parque de diversão - é sem dúvida alguma o maior celeiro de talentosos surfistas do Sul do Brasil. As esquerdas no canto da praia, o Marambaia. As ondas mais cavadas no Embaixador ou mesmo as valinhas divertidas na pracinha. A cidade de Balneário Camboriu é muito astral. Muitos acima citados escreveram seus nomes na história do surfe catarinense e brasileiro.

Essa não dá pra perder...

terça-feira, dezembro 21

As voltas que a vida dá...

Como não estou podendo surfar nesses últimos meses - no estaleiro desde agosto - em função de um novo problema no meu joelho esquerdo, tenho ficado e curtido bem pouco à beira mar. Na real, ultimamente, não tenho sentido vontade de absolutamente nada. Mesmo do blog dei uma sumida. Confesso que sinto dificuldades até pra acordar. Minha alma anda cansada, triste. Nada têm me empolgado muito nessa reta final de 2010. Não estranhe, sou assim mesmo. Alterno momentos de felicidade com situações de profunda melâncolia. Dizem que é depressão. Mas eu me pego pensando e volto no tempo pra lembrar que desde garoto já curtia andar sozinho lá em Canasvieiras e Ponta das Canas onde vivi minha infância. Gostava de caminhar nos fins de tarde e de bicicleta pedalar sem destino. Nunca fui de andar em turma... Sei que tem gente que gasta uma fortuna com psicólogos e psiquiatras na busca de entender seus problemas. Eu, fico bem quietinho no meu canto, esperando esse momento de dor ir embora...

Afastado da praia, nesse final de semana resolvi conferir o campeonato de skate promovido pela Red Bull com a participação de vários legends no Bowl do Rio Tavares. Não é todo dia que se pode assistir de perto Hosoi, Caballero, Omar Hassan, Ueda e cia ltda em ação.

O evento aconteceu no alto do morro da Pedrita numa área verde de visual sureal. A rampa construída na casa do amigo André, pai do Pedrinho Barros, hoje uma das sensações do skate mundial é internacional. André foi proprietário de uma franquia de uma loja no fim dos anos 90 da marca carioca Redley. Nossa amizade vem dessa época. Em 96 colaborei na divulgação do primeiro campeonato de vertical na cidade. Lembro que o vertical estava renascendo e com poucos praticantes. Numa mega-rampa (pra época) nas areias da Praia Mole passaram Ueda, Urina, Narina e um tal de Mineirinho (ainda um molequinho desconhecido). Esse evento marcou época e influenciou gerações. Uma espécie do que o Hang Loose Pro Contest 86 foi para o surfe nacional.

A partir daquele evento, disputado num final de semana ensolarado e de praia lotada, essa molecada do skate, capitaneada pelo Dranho da Drop Dead e pelo Léo Kakinho (outro skatista paulista que já morava na ilha) resolveu se mudar de mala e cuia pra Floripa e o bairro do Rio Tavares passou a ser o QG dessa turma de "imigrantes". Estava estabelecido o movimento RTMF: Rio Tavares Mother Fucker. Um grupo de amigos que se reúne pra assar uma carne sobre o pretexto de fazer um som, festar, comemorar e bebemorar...

O mais legal disso tudo é saber que o André verdadeiramente se empolgou com o skate. Cansei de vê-lo dias depois, no clarear da manhã, embalar de forma desequilibrada o seu carrinho nessa mega-rampa que durou ainda alguns bons meses lá na Mole. Um tempo depois, André negociou sua loja no Shopping, o filho Pedrinho nasceu, e ambos foram morar um tempo fora do País.

Tudo isso pra dizer o quanto é interessante observar as voltas que a vida dá. De uma loja de surfe, depois de um evento de skate, a empolgação pelo novo, o universo do skate, o filho, e atualmente coordenando a vida do Pedrinho nas competições mundo afora. André estava radiante, recebia a todos com um largo sorriso no rosto. O evento nem preciso dizer foi um tremendo sucesso. Mesmo com pouca divulgação, o público "invadiu" sua propriedade pra curtir de forma civilizada os antigos e os novos astros do skate mundial. E o Pedrinho (foto) foi um show a parte. E as perguntas que ficam: Quantos novos skatistas irão surgir a partir desse evento? Quantas vidas irão tomar novos rumos após esse fim de semana?

sábado, dezembro 18

Chega!

O surfe profissional agora dá um tempo. Pipe fechou a temporada sem empolgar. Aliás, faz alguns anos que não rolam altas ondas no Pipeline Masters. E quem aí apostaria numa final entre Jeremy Flores e Kieren Perrow? Mais improvável, impossível. As atenções agora se voltam para a Baía de Waimea e o tradicional Eddie Aikau. A maioria de nós, meros mortais, aproveita esses dias de folga nesse período entre natal e ano novo para botar o surfe em dia. Murilo Graf, nosso colaborador ao longo desses últimos anos já está se vendo no outside. A dúvida é saber se o "careca" consegue fazer igual...

E 2010 que não acaba!

Um time...

1 - Alejo (SC)
2 - Mineiro (SP)
3 - Jadson (RN)
4 - Raoni ( RJ)
5 - Heitor (CE)

Esse será o time brasileiro no WT de 2011.
Um time de Futsal, mas um time...
Oportuno comentário de um internauta no blogue do Julio.

Dezembro especial

Responda rápido:
O que Jean da Silva, Alejo Muniz, Jacqueline Silva e Willian Cardoso têm em comum?

Está certo quem respondeu que são todos catarinenses, criados numa base frenética de competições amadoras e que como profissionais tiveram um ano pra lá de especial. Mas não é só isso...

O título da perna Sulamericana simplesmente caiu nas mãos do Willian nesse meio de temporada após vencer o 6 estrelas de Saquarema no Rio de Janeiro. Mas a tão sonhada vaga no WT infelizmente acabou não vindo. Sinceramente não consigo enxergá-lo como top mundial, mas o que não lhe falta é garra e dedicação. E essa raça, esse espírito go for it - que noto em bem poucos brasileiros - pode sim levá-lo ainda bem mais longe.

Jacque entrou em 2010 totalmente desacreditada, sem patrocinadores e sem qualquer perspectiva. Pois ela chega ao final desse mesmo ano entre as melhores. Porém, agora, para se manter viva no circuito mundial feminino vai precisar se recriar, evoluir sua linha, atualizá-la, e buscar na juventude das suas adversárias um gás a mais.

Jean da Silva andou desmotivado, parecia haver perdido o brilho no olhar. Sem um bom contrato e com pouca grana, teve que abandonar momentaneamente a luta por um lugar na elite do concorrido circuito mundial e passou a dedicar-se ao Brasil Surf Pro. Venceu em Búzios, um terceiro lugar na Joaquina e mais uma quartas de final na Barra da Tijuca foram o suficiente para conduzi-lo ao título de campeão nacional, fato inédito na história do surfe catarinense nesses 23 anos de circuito Abrasp.

Alejo (foto) foi a grata surpresa! Esse garoto nascido na Argentina, de sangue latino, criado desde pequeno nas marolas de Bombinhas no litoral norte de Santa Catarina, conseguiu sem muito alarde, comendo pelas beiradas, um lugar entre os 32 melhores do mundo num ano onde conquistar uma classificação - dentro desses novos critérios de pontuação - um erro praticamente seria fatal. Alejo trocou lá mesmo nas areias do North Shore o adesivo do bico da sua prancha nessa reta final do Tour e agora se prepara para uma temporada que promete ser de sonho para um garoto cheio de planos de apenas 20 anos.

Já escrevi no início do texto que tanto Alejo, como Jean, Willian e Jacqueline Silva foram criados e moldados nas competições locais promovidas pela Fecasurf. Os quatro já se destacavam nas categorias de base. Todos foram guiados pelas mãos dos seus pais (Rubens, Sidnei, Divo e Zé Irineu). Suas conquistas recentes não foram improváveis, pois não perderam o foco mesmo nos momentos mais delicados de suas carreiras como acontece com muitos nessa dura estrada do surfe competição...