
O “OM Bali Pro” organizado pela extinta IPS em 81 e 82 contou com a participação dos melhores surfistas da época, e dois australianos, goofy-footers, e exímios tube-riders fizeram a festa na final. Jim Banks levou no primeiro ano e no seguinte a etapa foi vencida por Terry Richardson. No fim daquele mesmo ano, outro australiano, Mark Richards conquistava o seu quarto e último título mundial e saía de cena.

Albie ainda produziu anos mais tarde "Ulu 32", um filme que retratava as mudanças ocorridas nas últimas décadas em Bali e a crescente e inevitável explosão turística da Ilha após o sucesso de Mornigh Of The Earth. Beyond Blazing Boards foi outro filme que projetou para o mundo do surfe as ondas de Padang e Uluwatu. Isso já no início dos anos 80.

Lembro que não foi fácil assistir esse tal de Beyond Blazing Boards pela primeira vez. Aliás, nada era muito fácil no início da década de 80, bem diferente das facilidades do mundo moderno dos dias de hoje.
A apresentação estava marcada para rolar numa boate perto da minha casa numa festa entitulada “Abrindo as Noites de Verão” e organizada por uma figuraça do meu bairro com o apelido de Kiko Vassoura.

Lembro que ao chegar na festa observei a mesa gigante de frutas o telão armado, e logo ao lado uma prancha zerinho em folha que iria para sorteio ao público horas mais tarde. Sei dizer que no meio da noite não cabia mais ninguém na balada. De repente a música é interrompida pelo organizador que fala algumas palavras no microfone e o filme, enfim começa.
Porém, para minha frustração, foi só as primeiras cenas surgirem no telão para o tempo fechar de vez. O pau pegou literalmente. Uma briga generalizada interrompeu a apresentação do filme. Era cadeira e mesa pra tudo quanto era lado. A cobra fumando a porrada comendo solta e, no meio do salão o tal do Kiko agarrado à prancha e aos gritos de a festa acabou!
Sei dizer que somente anos mais tarde consegui assistir Beyond Blazing Boards, na integra. Dia desses, conversando com o Fabinho Gouveia, ele me contou que Beyond... era um dos seus filmes prediletos mas, que também não dispunha em seu acervo.
Coincidentemente, naquela semana, encontrei o Paulinho Orelha um camarada das antigas que me disse que havia transformado a sua fita vhs original em dvd e que gravaria um cd do filme de presente pra mim. O tempo passou, e agora, estarrado no sofá, posso assistir Beyond Blazing Boards tranquilamente no conforto da minha casa. Isso se a minha mulher não inventar de me pedir para levar o lixo, ou dar uma olhada no meu filho, ou ainda sair para comprar pão no mercado...
6 comentários:
As ondas de Uluwatu continuam as mesmas, mas as pranchas e os surfistas evoluiram muito nesse meio tempo. Que dificuldade pra dar uma rasgada naquele tempo...
Postagem CLÁSSICA essa Máurio.
Mix de informação mundial, com acontecimento pessoal, imagem, vídeo, etc. Mandasse bem paca.
"Abrindo as noites de verão" terminou então como "Fechando a maior pancadaria" hehehe
Abraço,
Gustavo
Eae Maurio,
agora fiquei na estiga pra ver esse filme, depois de tantos acontecimentos assim, e sabendo que é um dos preferidos do fabinho também.
Será que tens como disponibilizar?
Um Abraço,
té mais!
Deixei meu comentário lá no Waves, mas vale a pena repetir que este texto tá muito bom. Curto muito estas hirtórias das antigas, afinal, como escrevi lá, feliz o homem que tem histórias pra contar. Abraço.
Eitcha malaco barriga verde!!!
Acertaste na mosca, outra vez. Eu tenho em casa, um desenho gráfico do filme, cartaz, mas inda ñ consegui assistir a tal pelicula.Q good saber q mr.tem a tal!!!
Abçs, qualquer dia assistimos.
Castro
Muito massa!
Bom recordar!
Abraço,
Rafael
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