sábado, maio 31

Alejo é campeão do mundo!

Uma ótima notícia para o surfe catarinense e brasileiro. Depois da conquista no ano passado do potiguar Jadson André (tão pouco divulgada), o Brasil com Alejo Muniz tornou-se bi-campeão na principal categoria do “Quiksilver ISA World Junior Surfing Championship 2008”.

O filho mais velho do Rubão e da Paola, foi à França como convidado e fechou sua bela carreira como amador com uma conquista pra lá de espetacular. Alejo tem a garra argentina (nasceu lá) e a alma brasileira. Seus pais trocaram as águas geladas e o frio de Mar Del Plata pelo astral, águas mais quentes e uma melhor condição de vida no Brasil.

Desde pequeno os irmão Alejo e Santiago já impressionavam nos campeonatos. Bancado pela marca Quiksilver já há algum tempo, treinado pelo veterano Paulo Kid, Alejo é um talento nato e tem tudo para vingar como surfista profissional. Recentemente foi escolhido numa pesquisa mundial como um dos 20 melhores Júniors do mundo pela revista Surfer.

Parabéns Alejo! Uma conquista digna de muita comemoração. 4 Ilhas, Bombinhas, toda Porto Belo, no litoral norte catarinense está em festa. Hoje ninguém dorme por lá...

Fora do Ar...

Sábado, friaca, a temperatura às 6h40 marcava 8ºC. Tô na beira da praia Mole. O sol acaba de nascer... O céu tá limpo, azul. O vento sul que soprou forte nos últimos dois dias deu uma trégua. Agora é o oeste que sopra fraquinho e dá forma as ondas e ajeita o mar. As ondas tem boa formação, oscilam entre 1,0m com maiores nas séries. Hoje tem surfe, embora a ondulação esteja em transição virando de sudeste para sul. Dia bonito, ondas surfáveis e o SURFONE fora do ar!. Apenas um "probleminha" técnico, acredito que nada muito grave. Foi a repimboca da parafuseta...

domingo, maio 25

Socoooooorrrro!!!

Hoje, domingo, até que dei uma melhorada. Mas esse é o meu quinto dia seguido dentro de casa. Num primeiro momento achei que era apenas uma gripe banal, mas estou com uma virose que me pegou de jeito...

O corpo inteiro dói. Parece que cacos de vidros tomaram lugar dos meus pêlos nos braços e nas costas. A febre volta e meia chega com tudo sem avisar, e uma sensação verdadeiramente muiiiiiito ruim parece não querer ir embora por nada desse mundo.

Nesses últimos dias, sem forças, abandonei o trabalho. Os boletins no rádio foram produzidos pelo parceiro Rochinha e os do telefone estão desatualizados. A voz sumiu e desde então não tenho disposição de fazer absolutamente.

Na quinta-feira, feriado de Corpus Christi, da minha cama, vi o sol nascer e se pôr. Vi os pássaros, vi a lua cheia. Foi o dia mais quente do ano na cidade, num veranico em pleno mês de maio que já dura quinze dias. Não havia nuvens, não havia vento, e para compôr esse cenário surreal um belíssimo céu azul. Ah! como eu queria estar na praia...

Não aguento mais ficar deitado. A luz do sol me incomoda. A cada duas horas um novo banho e ainda por cima, ontem (sábado), o desgraçado do meu time, se é que aquele arremedo pode ser chamado de time, foi goleado pelos craques do "campeoníssimo" Vitória, lá no Barradão.

Como é dura essa vida de “torcedor-doente” ou seria um “doente-torcedor”? Já nem sei mais... A única coisa que quero é voltar pra “vida” o mais rápido possível.

Ps:. Este post é dedicado a minha mulher Vanessa, que após cinco dias de total terror, ainda está por aqui, cuidando com zelo e atenção. Ela é mesmo uma doida. Eu no lugar dela já teria me deixado sozinho faz tempo!

A boa nova...

“A vitória do Bruno devolve ao surfe essa qualidade de imprevisível. Nem Mick, nem Kelly, nem Joel, nem Dane, nem Taj, nem Hobgood nenhum, a taça do WCT de Teahupoo é do Bruninho, de Itacoatiara”.
Julio Adler – no blogue Goiabada

“A vitória de Bruno Santos em Teahupoo possui a intrigante beleza da espécie de anonimato, da improbabilidade de tamanha demonstração do seu talento. Não que o brasileiro seja um perfeito desconhecido, mas é bom sermos surpreendidos pela improbabilidade competitiva num desporto que vive da imprevisibilidade da natureza”. Vasco Mendonça – no blogue Ondas

...Li muito pouca coisa nesses últimos dias realmente interessante nos principais veículos especializados e dignas de comentários aqui no Alohapaziada sobre a recente conquista do carioca Bruno Santos lá no Tahiti...

Diria que o Bruninho foi a “Boa Nova”, nem tão “nova” assim... Uma espécie de Guga Kuerten ao vencer pela primeira vez Rolland Garros. Que venham novos Billabong Teahupoo Pro!!!

E como disse o Júlio lá no Goiabada: "Não tentem decifrar nada por trás disso, apenas curtam o momento”...

sábado, maio 24

Cloud 9...

A imprensa mundial ainda não noticiou oficialmente. O que existe é muita especulação e oba-oba. Mas a tão aguardada etapa "The Search" promovida pela Rip Curl e válida pelo WCT em 2008 já está definida. Será disputada em "Cloud - 9" nas Filipinas. Conheça um pouco da história desse pico contada pelo jornalista português Gonçalo Cadilhe. É só clicar!

segunda-feira, maio 19

Herbalize...

A banda australiana Dubbly no show em Porto Alegre alguns dias atrás na rápida passagem pelo sul do Brasil. Confira “Herbalize” uma das faixas do novo cd "Styles".

sábado, maio 17

Dubbly em novembro...

Nessa sexta-feira pela manhã estive na companhia da banda australiana Dubbly. No boletim das 9h00, direto da praia Mole, fiz uma entrevista exclusiva para a rádio Jovem Pan Fm com o pessoal da banda que está de rápida passagem pelo Sul do Brasil.

Eles que fizeram shows em Porto Alegre e Floripa estavam empolgados com a repercussão e pretendem voltar. Curtiram muito esses dias na Ilha, as noites da Lagoa e estão se programando para voltar em breve e lançar o novo cd “Styles” por aqui. Combinamos de promover três shows durante a passagem do WCT em novembro.

A idéia é de um show em Imbituba, durante os dias do campeonato, outro na Brava de Itajaí, no Kiwi Bar e também na festa dos 10 anos do Boletim Nas Ondas da Pan no El Divino Lounge.

Vem novidades aí. Mas enquanto novembro não chega, dê uma passada lá na página dos caras e conheça um pouco mais do som da banda, que tem entre os seus componentes um brasileiro, Fernando Aragones no comando da batera.

+ Dubbly é só clicar...

quinta-feira, maio 15

Enquanto isso no Moçamba...

Essa manhã no Moçambique (foto site waves). Ondas alinhadas, abrindo para os dois lados. Direitas e esquerdas bem manobráveis. Ondas relativamente cheias de 1,5 metro, porém com boa pressão. Séries de 4 e até 5 ondas quebrando vazias, em longos intervalos, facilitando a chegada ao outside...

Aonde estão todos?
Se estivesse 0,5 metrinho, aí sim, o Moçamba estaria lotado...

quarta-feira, maio 14

O Crowd...

Semana de sol e boas ondas na Ilha. Esse início de maio têm sido pra lá de especial. E um “grupinho da pesada” aproveitou o veranico fora de época para “aprender” a surfar com o pessoal da Escolinha Surfe Clube, comandada pelo professor Róger. Crianças entre 5 e 7 anos da Creche do Monte Cristo, bairro carente da capital, tiveram contato com o mar pela primeira vez.

Acompanhei de perto toda a movimentação da molecada. E o mais legal foi perceber a alegria delas só no fato de caminhar pela areia fofa da praia Mole.

O surfe é, verdadeiramente, mais que uma simples onda...

terça-feira, maio 13

Surfone...



Preparei um novo vídeo do Surfone. Queria aproveitar a luz desse início de estação (outono). Naquela semana as manhãs foram de céu limpo, quase sem nuvens, num tom de azul especial logo no clarear do dia.

Infelizmente, exatamente no dia das filmagens peguei ondas fechando na Mole, porém com um nascer de sol compensador. A trilha sonora é da banda local Juca Boom. O novo vídeo repete a velha receita do “Surfe Todo Dia” produzido pelos parceiros videomakers Bruno Bez e Rodrigo Jaca.

Um detalhe importante e curioso: Em casa, após o vídeo já finalizado, constatei um erro na produção. Resolvi disponibilizá-lo mesmo assim. Desperte seu lado Sherlock Holmes e o encontre também...

Quero ver se o seu lado observador está afiado...

segunda-feira, maio 12

Molecada na Ilha...

Floripa recebe a novíssima geração do surfe brasileiro nesse fim de semana para as disputas do “King Of The Groms” competição criada pela gigante Quiksilver.

Serão duas seletivas no Brasil. A primeira nesse sábado e domingo na praia Mole e a segunda em junho no Guarujá. O destaque leva passagem, hospedagem e ajuda de custo para o mundial até 16 anos programado para Hossegor na França, em setembro, e ainda de quebra acompanha totalmente na faixa, o Quiksilver Pro France, etapa do WCT.

Fiquei sabendo nessa manhã que existe também a possibilidade de um “Pro Junior” para surfistas até 18 anos, bancado pela Mormaii para o segundo semestre em Balneário Camboriú ou Itajaí (Brava). Esse evento está ainda em negociação, depende de din-din. O problema é o Morongo abrir a mão e bancar. É aí que está o maior problema...

sábado, maio 10

Elas estão chegando...

“Quando você chegar em algum pico catarinense e conferir altas ondas rolando e ninguém na água, desconfie. Provavelmente estará hasteada a bandeira BRANCA. Você não deve entrar na água, ou então, converse antes com os pescadores locais para verificar se existe a possibilidade de mudar a bandeira. A bandeira AZUL indica surfe livre, ou seja, liberado para você cair na água e fazer a cabeça”.

As Tainhas estão chegando... Muitas praias do litoral de Santa Catarina estarão fechadas para a prática do surfe. O período da pesca SIM, surfe NÃO – ou só de vez em quando – vai de 1º de maio até 15 de julho.

+ no blogue do Beda...

quinta-feira, maio 8

Faltam poucas horas...

A etapa mais aguardada, e comentada do Tour, a terceira do WCT, entrou definitivamente em contagem regressiva. Por lá o mar segue baixo com ondas de 3 pés. E pela previsão não há indicação de uma subida nas ondas para as próximas horas. Dei uma fuçada no site da Billabong e conferi a relação das baterias envolvendo os brasileiros.

Pela experiência de ter acompanhando essa mesma etapa nos últimos anos pela internet posso dizer com certa tranqüilidade que não dá para esperar-mos muita coisa dos nossos representantes.

A melhor performance até hoje em Teahupoo foi um espetacular terceiro lugar do Danilo Costa há um bom tempo atrás. Quem sabe um novo bom resultado possa ser repetido pelo Bruno Santos caso o mar esteja com bom tamanho e as esquerdas daquele jeito.

Nessa primeira fase, Léo Neves e Basnett não serão páreos para o surfe bonito do Kai Otton na segunda bateria. Bruninho está na décima. Acredito que ele avança sem problemas. Não acho que Taj e Withaker possam incomodá-lo.

Heitor, Mineiro e Jay Tompson estão escalados na décima segunda bateria. Aí sim, uma grande incógnita. Se a coisa acontecer em ondas medianas, Heitor pode surpreender.

Na décima terceira, Jihad estréia em Teahupoo contra Knox e Perrow. Os três de back-side? Aposto todas as minhas fichas na experiência do yankee. Entre Dornelles, Stdeman e Campbell, novamente encontro de três surfistas regulares. Coloco 10 contos (não dá pra abusar muito) no grandalhão Stdeman que até agora não arrumou muita coisa no Tour.

E no último confronto do primeiro round o irmão mais novo da família Irons vai deixar Neco e Daniel Wills de bruços. Não tem jeito. Tá chegando a hora da onça beber água...

quarta-feira, maio 7

Eu vou estar lá...

Que tal acompanhar in loco, na beira da praia, as performances de Tom Curren, Carrol, Damien Hardman, Gary Elkerton, Occy, Potter, Ho, Glen Winton, Gerlach, Macaulay e mais Shaun Tomson, Rabbit, Simon Anderson e Peter Townend?

Se você vivenciou o surfe nos anos 80 e de certa forma acompanhou as brigas do circuito mundial, mesmo que apenas lendo nas revistas e imaginando os “pegas” – é naquele tempo não tínhamos as facilidades do mundo moderno da internet – prepare-se para uma oportunidade imperdível.

É que ASP confirmou após cinco anos de lacuna, para os dias 30 de junho à 6 de julho, nas ondas da Barra da Tijuca, a realização do “Rio Master”, mundial de surfe especialmente para os “velhinhos” que fizeram história no Tour.

Já imaginou assistir um confronto entre Curren e Occy revivendo a final do Op Pro de Huntington Beach? Ou então uma bateria entre Elkerton e Carrol relembrando um dos Stubbies, ou Coke’s da vida, ou mesmo um encontro de Macaulay e Mr X, numa revanche do Hang Loose Pro de 89?

Ícones de várias gerações estarão reunidos num só lugar. Serão somente 32 surfistas convidados, divididos nas categorias master (acima dos 35) e grand master (depois dos 47).

Pelo que li, foram oferecidas somente quatro vagas aos surfistas brasileiros (é muito pouco ASP!). Se eu pudesse indicar nossos representantes, seriam: Tinguinha Lima, Picuruta Salazar, Cauli Rodrigues e Dadá Figueiredo. Mas as indicações, ao que parece, acontecem em função de um ranking.

Uns já estão carecas, outros fora de forma e mais barrigudinhos. Pra mim, isso é o que menos importa. Eu vou estar lá...

terça-feira, maio 6

Comédia...

Cultura é tudo!
Issac, o povo Hebreu, Moisés e a passagem bíblica pelo Mar Vermelho.
Você vai conferir em detalhes e conhecer um pouco mais a "verdadeira história".

Como tinha “MAR”, resolvi blogar. Aumente o som e dê boas risadas...

segunda-feira, maio 5

Foi a nossa desforra...

Confirmado para esse final de semana, após dois adiamentos, as disputas da segunda etapa do estadual profissional. Não tenho de hábito divulgar campeonatos aqui no blogue, mas como esse acontece na Prainha, resolvi abrir exceção.

Viajar para São Chico foi uma das minhas primeiras trips para praias além Ilha. A bordo de um Fiat 147 – aqueles caixas de fósforos – lá fomos nós competir numa etapa do amador. Éramos cinco garotos loucos por uma boa aventura.

Pranchas amarradas no rack, mochilas jogadas na cachorreira, e no toca-fitas, à todo volume, uma fita k-7 Basf, com as novas músicas da banda Camisa de Vênus. As caixas, só pra variar, estavam estouradas e o som alto invadia a caranga e se misturava ao barulho que vinha do cano de descarga aberto.

Era a "Copa Essence Club" organizada pela Máster Promoções, comandada pelo Flávio Boabaid. Lembro que já nessa época a molecada de Balneário Camboriú dominava o outside. Era impressionante acompanhar as disputas entre eles, tal rivalidade.

Na mirim Teco Padaratz e Fabiano Fischer dominavam os pódios. Na júnior, Icáro Cavalheiro (hoje juiz da ASP), Marcos Reis, Charles Padaratz e Roni Lazzari não davam a menor chance para os seus oponentes, enquanto na categoria open, Luciano Fischer sempre muito veloz, Roni Lazzari e Nagel Melo eram páreos duríssimos. Isso sem falar nos “trocentos” outros bons surfistas de tudo quanto era canto.

Digo pra você que não era moleza passar uma fase desse circuito. E lá estávamos nós. Eu e o Aloísio Alemão, o mais velho da turma, competíamos na open. André Mazú e o Lico inscritos na júnior e havia também o dono do carro, Aécio Vieira, na mirim.

O Aécio não fazia parte da nossa turma. Na verdade a mãe dele liberava de vez em quando o carro, e como tinha só 15 anos e não podia dirigir, era o Aloísio Alemão que tinha a moral com a "véia" e mandava na boléia.

E esse Aécio pertubava! De tudo ele sabia. Tudo o que ele tinha era melhor que o nosso. Que isso e mais aquilo... O cara realmente incomodava. Mas tinhamos que agüentar, afinal estávamos no seu carro e infelizmente dependíamos dele.

Lembro que nessa época as baterias eram de 15 minutos, seis competidores, com a soma das quatro melhores ondas, passando os três melhores para a fase seguinte. E aí é que a estória fica engraçada. Não sei porquê, mas curiosamente a minha bateria, bem como a do Lico, Mazú e do Alemão eram de cinco competidores. Só a do Aécio era composta por seis surfistas.

Eu fui o primeiro a competir. Caí na água sem treinar e, só pra variar, não me dei bem. As ondas quebravam no canto direito da praia com 1,0 metrão, balançadas, cheias, todas tortas. Fiquei em último lugar. Ao longo do dia, Lico, Mazú e o Alemão também foram eliminados. Todos em quinto lugar. A cada resultado, lá vinha o Aécio nos zoar e dizer com um ar de superioridade que ninguém havia pego nada.

E não é que a bateria dele foi a última do dia. Fim da tarde, já escurecendo, e lá estávamos nós cansados do sol, da praia, derrotados e loucos para cair na estrada de volta pra casa, já que a previsão era de ventos fortes para o dia seguinte.

E o Aécio caiu na água. A essa altura o vento já deixava o mar todo balançado, irregular. A garotada na beirinha, na espuma, disputando os poucos caixotes que apareciam. Nos quinze minutos mais demorados das nossas vidas nosso “parceiro” despencou em dois caixotões “reto-side” para marcar miseráveis pontos.

Ficamos no carro acompanhando o desfecho da bateria dando boas risadas e nos escondendo dos mosquitos que impregnavam no cair da noite. Confesso que nunca "sequei" tanto. Agora eu vejo como fomos maldosos.

Não teve jeito, Aécio terminou em último lugar. E foi só ele se aproximar do carro para trocar de roupa, e alguém gritar:

Porra Aécio, conseguisse ir pior que a gente! Nós, pelo menos, ficamos em quinto... E as gargalhadas ecoaram dentro do carro!

domingo, maio 4

Tenha uma ótima semana...

Saudações alvinegras!
A cidade está em festa, Figueira campeão. É o mais vezes campeão!
Créu, créu, créu...

Só pra lembrar...



Nesse meio de semana completou 365 dias da Operação Moeda Verde. Desencadeada pela Policia Federal contra empresários e políticos inescrúpulosos que se aproveitavam das facilidades das leis e da ocupação de cargos públicos para se prevalecerem liberando construções de grandes empreendimentos em áreas de preservação permanente na Ilha de Santa Catarina.

De tudo o que aconteceu até o momento, somente dois vereadores perderam seus direitos: Juarez Silveira e Marcílio Ávila. Eu sei que a justiça é lenta. A tendência é que os julgamentos demorem.

Recentemente o bar do seu Chico, lá na praia do Campeche, foi demolido por estar em situação irregular. Na verdade, o referido bar, comandado por pessoas bem simples, era reduto de músicos, poetas, loucos, surfistas e turistas...

A pergunta que fica é: Porque também não demolir as inúmeras construções irregulares que fazem parte da orla na Ilha, ( a praia Brava é um exemplo típico do descaso), já que o que mais se observa são construções irregulares por tudo quanto é lado e em áreas de proteção?

O clipe acima é da banda ilhóa Mozaiko.

Estamos de olho...

No blog do Cacau...

As fotos que resgatam a história do campeonato "Rock, Surf & Brotos" também foram destaque na capa no blogue do cara que organizou o evento...

BR 101, sentido norte!

O mar subiu consideravelmente nesse domingão. As ondas oscilam entre 3 e 4 metros com algumas maiores. Condição de mar storm nas praias do leste da Ilha. Na Joaquina, ondas em alto mar, com esquerdas no parcel. Mar gigante também na Mole. No clarear do dia, presenciei séries oceânicas, imensos vagalhões alinhados, quebrando em outside entre o Gravatá e a ilha do Xavier. É isso mesmo. Entre o Gravatá (canto direito) e a Ilha do Xavier, cerca de 400 metros prá fora...

A foto acima é do site surfdomingo e mostra o “inside” na Mole. Hora de buscar as praias do litoral norte...

sábado, maio 3

Hoje na Ilha...



Um ciclone extratropical atua no litoral catarinense e gera boas ondas de norte a sul da Costa. Havia a previsão de chuva nesse sábado, mas o que se viu foi uma bela manhã com céu azul, poucas nuvens e temperaturas bem agradáveis. Pro meio da tarde a nebulosidade voltou a predominar. Quem procurou, encontrou boas ondas. Fotos do Christian Herzog...

sexta-feira, maio 2

Cada qual com suas prioridades...

Ouvi na rádio CBN que está programada para esse domingo, 4 de maio, em doze cidades brasileiras – Floripa não participa – da “Marcha da Maconha”. Esse evento foi criado em 1999 pela ONG “Cures Not Wars” e acontece desde então em vários países.

Destaca o site oficial que esse evento não é de cunho apologético, nem os seus organizadores incentivam o uso da maconha ou qualquer substância ilícita. Mas cá pra nós, com tanta coisa mais importante para ser discutida, talvez esse não seja o momento mais oportuno. Mas cada cabeça uma sentença.

Curiosamente, (e não deixa de ser engraçado?), encontrei na grande rede o “veículo” oficial do evento.

Tens tempo...

Destaque no Waves...

O resgate do campeonato "Rock, Surf & Brotos" realizado em 78 na Joaquina é destaque no principal site especializado de surfe no Brasil. Muita polícia e pouca onda...

quinta-feira, maio 1

Ciclone extra-tropical atinge sul do Brasil...

Um novo ciclone extra-tropical, o terceiro nesse ano, chega ao litoral sul do Brasil nas próximas horas e pelas informações será mais brando que o “Catarina”, fenômeno que atingiu a região sul do País em março de 2004, trazendo muita destruição aos moradores da região costeira. Previsão de ventos fortes e mar agitado nos próximos dias no litoral gaúcho e catarinense.

Confira como fica o tempo e o mar em Sta. Catarina nesse fim de semana:

Sexta-Feira – dia 2 de Maio:
Condição de chuva e ventos fortes. Ventos de leste a sudeste, com rajadas em alto mar podendo atingir os 100km/h. Já no litoral ventos de 80Km/h. Mar muito agitado. Em alto mar, ondas entre 3 e 4 metros.

Ondulação de sudeste-sul.
Praias do litoral sul: Ondas de até 2,0m.
Praias da Ilha: Ondas de 1,5m em média com séries de até 2,0m.
Praias do litoral norte: Ondas de 0,5m até 1,0m nas séries.

Sábado – dia 3 de maio:
A chuva continua pela manhã. Tempo melhorando para o decorrer do dia. Ventos mais brandos de 40km/h, com rajadas podendo atingir os 60Km/h, soprando de oeste a sudoeste. Mar muito agitado. Em alto mar, ondas de 3, 4 e até 5 metros.

Ondulação de sudeste
Praias do litoral sul: Ondas acima de 2,0m.
Praias da Ilha: Ondas de 1,5m em média com séries de até 2,0m.
Praias do litoral norte: Ondas de 1,0m.

Domingo – dia 4 de maio:
O tempo melhora aos poucos. Áreas de instabilidade se afastam. A nebulosidade diminui. Aberturas ocasionais de sol. As temperaturas entram em declínio. Os ventos ficam mais brandos. O mar continua muito agitado com a ondulação predominante de leste-sudeste. Será mais um dia de ondas fortes por toda costa catarinense, agora com ondas maiores nas praias do norte do Estado.

Confira os boletins Surfone (48) 8401 0365 com todas as informações. O primeiro flash é às 7h, direto da Mole, com novas atualizações ao longo do dia. Também no sábado e domingo.

Eramos felizes e até sabíamos...

Realce, realce, quanto mais parafina melhor, já dizia Gil naquele som dos anos 80, ou final de 70, não lembro direito. Ah, que saudade. Tempo de ir pra praia de ônibus. Prá Barra da Lagoa, que ainda não tinha os molhes e podíamos pegar as merrecas do costão. Minha nossa, como eu era merrequeiro.

Deixávamos a prancha na casa de alguém e íamos de busão. Lotadaço. Nós, as cocotas e o resto da manezada. E ficávamos o di-a-to-do na praia, debaixo do sol. Voltávamos no final da tarde, roxos do sol e de fome. Filas intermináveis pro busão e aquele rala e rola com as cocotas. Ah, coisa boa. Coisa boa agora, mas naquele tempo era casca. Imagina, tu subindo o morro da Lagoa de latão, sendo ultrapassado por carros cheios de pranchas em cima. Mas também, não estávamos nem aí. Não éramos pobres depressivos, nem tínhamos pena de nós mesmos.

Íamos ao boteco lá da Barra prá almoçar e comíamos um “x-galinha-de-miserável” que consistia em pão doce (massinha pra alguns) com uma coxinha dentro. Um refrigerante em cima – uma laranjinha Max Wilhelm, podia ser – e o x-galinha-de-miserável se transformava numa bomba gasosa que nos sustentava o resto do dia. O problema era a volta, balançando no busão. Coitadas das cocotas. Mas elas também eram umas peidonas.

Um dia, a dona do boteco começou a notar que, ao invés de vender várias coxinhas, ou vários pães para cada caboclo, cada um se satisfazia com apenas um de cada. Ela notou que tava no prejuízo e proibiu o x-galinha-de-miserável, a miserável. Ou um ou outro, pão ou coxinha, ela falava. A combinação, milagrosa, tava proibida.

Mas algumas vezes não precisávamos pegar ônibus, porque o meu pai nos levava prá praia na Brasília dele. Meu pai gostava de praia. Botava a sunga por baixo da barriga e ficava lá esperando. Dava umas nadadas, andava prá lá e prá cá e nos espiava. Até no inverno ele ia. Tinha uma paciência enorme. Mas dizia não entender o surf porque nós caíamos mais do que surfávamos. Era tão pouco tempo em cima da prancha, falava, que não valia a pena o esforço. De certa forma, ele tinha até razão. Mas também, éramos pregos demais, nossas pranchas eram horríveis e, no inverno, caíamos no pêlo, como só as crianças conseguem.

Mesmo assim, enchíamos a Brasília de adesivos da Energia, da K&K, do Rico, etc. Mas o pai gostava mesmo era de futebol e sempre mantinha um adesivo do Vasco prá contrabalançar. Tínhamos que ir prá Barra porque, além da linha de ônibus, era a praia que tinha mais infra. Botecos, x-galinhas-de-miserável, etc. A Joaquina, que ainda era dos magnatas, não tinha ônibus, como hoje a Brava não os tem (magnata não gosta de ônibus, nem de quem os pega). Podíamos até puxar a corda e descer na Mole mas, lá, não tinha pão, coxinha, tampouco Laranjinha Max Wilhelm. O norte da Ilha não nos passava pela cabeça, a não ser para acampar na Ponta das Canas, nos Ingleses, sei lá. Podíamos, também, acampar na Armação, no Matadeiro, mas era na Barra que a gente estava em casa.

Para irmos à Joaquina acompanhar os campeonatos, saltávamos do latão no final da Lagoa e íamos andando até a Joaca. E nesse tempo o surf era o que menos interessava nos campeonatos. O negócio era a festa. Se bem que nunca víamos o show do final porque perderíamos o busão. E tem razão quem diz que, naquele tempo, surf não era esporte mas um espírito, um jeito de ser, sei lá. Só que, prá mim, existiam vários tipos de espíritos. O nosso, por exemplo, não era aquele “chavão” que sempre se ouve, do surf como uma atividade de nômades, de desbravadores insaciáveis, etc. Esse era o espírito dos surfistas ricos. O nosso espírito, coitado, assombrava, basicamente, a Barra.

Hoje, é claro que tá mais fácil surfar. Tenho que dar o braço a torcer e aceitar que aquela coisa que fazíamos porque nos inflava o ego, porque tínhamos que fazer para manter os amigos, nossa vida social adolescente, justificar nossos cabelos loiros, etc, se transformou em um esporte de verdade. Muitos surfistas hoje não vão à praia pegar ondas, vão treinar. E só vão quando e para onde há ondas. Alguns são pagos para isso, outros querem sê-lo. Quase todos têm uma alimentação e preparação física especial e não precisam mais comer x-galinha-de-miserável.

Os campeonatos, agora, têm palanques móveis – sempre prontos para estar onde as ondas também estão – e acontecem freqüentemente, o que é bom para o esporte, mas ruim para as festas porque não são mais inusitados. Atualmente, quase nada pode impedir a realização de um campeonato de surf, nem falta de luz.

Hoje, é relativamente fácil se comprar uma prancha no Brasil e ninguém vai prá praia com aquelas tocos horríveis com que íamos e que mantínhamos, o mesmo, por anos. Para consertá-los, comprávamos tecido, resina e catalisador e nos lambuzávamos daqueles produtos químicos altamente tóxicos. E dá-lhe encher bolhas nas pranchas com resina, injetando-a com uma seringa obtida no lixo da farmácia. Uma vez fiquei de cama por uma semana, todo inchado, pois tive uma reação alérgica após me sujar todo tentando preencher uma bolha gigantesca na prancha de um amigo.

Colávamos qualquer foto de surf nas paredes do quarto. Podiam ser fotos de qualquer tamanho e de qualquer revista e até de jornal, mas todas valiam muito prá nós. Revistas de surf valiam ouro. As coisas do surf, há tão pouco tempo atrás, vinte, vinte e poucos anos, eram mais difíceis e menos confortáveis, principalmente para quem não tinha muita grana. Mas, confesso, curti muito. E era imensamente legal estar na Barra, em uma tarde de sol de verão, depois de almoçar um saborosíssimo pão com coxinha, vestindo o meu calção Ligthning Bolt marron – filho único de mãe solteira –, com a minha prancha horrorosa debaixo do braço, a caminhar para o mar.

Naquele momento, tenho certeza, ninguém era mais feliz do que eu. Ninguém...


Texto do camarada Pierre Alfredo. Confira o blogue e outros, clica aqui.