Confirmado para esse final de semana, após dois adiamentos, as disputas da segunda etapa do estadual profissional. Não tenho de hábito divulgar campeonatos aqui no blogue, mas como esse acontece na Prainha, resolvi abrir exceção.
Viajar para São Chico foi uma das minhas primeiras trips para praias além Ilha. A bordo de um Fiat 147 – aqueles caixas de fósforos – lá fomos nós competir numa etapa do amador. Éramos cinco garotos loucos por uma boa aventura.
Pranchas amarradas no rack, mochilas jogadas na cachorreira, e no toca-fitas, à todo volume, uma fita k-7 Basf, com as novas músicas da banda Camisa de Vênus. As caixas, só pra variar, estavam estouradas e o som alto invadia a caranga e se misturava ao barulho que vinha do cano de descarga aberto.
Era a "Copa Essence Club" organizada pela Máster Promoções, comandada pelo Flávio Boabaid. Lembro que já nessa época a molecada de Balneário Camboriú dominava o outside. Era impressionante acompanhar as disputas entre eles, tal rivalidade.
Na mirim Teco Padaratz e Fabiano Fischer dominavam os pódios. Na júnior, Icáro Cavalheiro (hoje juiz da ASP), Marcos Reis, Charles Padaratz e Roni Lazzari não davam a menor chance para os seus oponentes, enquanto na categoria open, Luciano Fischer sempre muito veloz, Roni Lazzari e Nagel Melo eram páreos duríssimos. Isso sem falar nos “trocentos” outros bons surfistas de tudo quanto era canto.
Digo pra você que não era moleza passar uma fase desse circuito. E lá estávamos nós. Eu e o Aloísio Alemão, o mais velho da turma, competíamos na open. André Mazú e o Lico inscritos na júnior e havia também o dono do carro, Aécio Vieira, na mirim.
O Aécio não fazia parte da nossa turma. Na verdade a mãe dele liberava de vez em quando o carro, e como tinha só 15 anos e não podia dirigir, era o Aloísio Alemão que tinha a moral com a "véia" e mandava na boléia.
E esse Aécio pertubava! De tudo ele sabia. Tudo o que ele tinha era melhor que o nosso. Que isso e mais aquilo... O cara realmente incomodava. Mas tinhamos que agüentar, afinal estávamos no seu carro e infelizmente dependíamos dele.
Lembro que nessa época as baterias eram de 15 minutos, seis competidores, com a soma das quatro melhores ondas, passando os três melhores para a fase seguinte. E aí é que a estória fica engraçada. Não sei porquê, mas curiosamente a minha bateria, bem como a do Lico, Mazú e do Alemão eram de cinco competidores. Só a do Aécio era composta por seis surfistas.
Eu fui o primeiro a competir. Caí na água sem treinar e, só pra variar, não me dei bem. As ondas quebravam no canto direito da praia com 1,0 metrão, balançadas, cheias, todas tortas. Fiquei em último lugar. Ao longo do dia, Lico, Mazú e o Alemão também foram eliminados. Todos em quinto lugar. A cada resultado, lá vinha o Aécio nos zoar e dizer com um ar de superioridade que ninguém havia pego nada.
E não é que a bateria dele foi a última do dia. Fim da tarde, já escurecendo, e lá estávamos nós cansados do sol, da praia, derrotados e loucos para cair na estrada de volta pra casa, já que a previsão era de ventos fortes para o dia seguinte.
E o Aécio caiu na água. A essa altura o vento já deixava o mar todo balançado, irregular. A garotada na beirinha, na espuma, disputando os poucos caixotes que apareciam. Nos quinze minutos mais demorados das nossas vidas nosso “parceiro” despencou em dois caixotões “reto-side” para marcar miseráveis pontos.
Ficamos no carro acompanhando o desfecho da bateria dando boas risadas e nos escondendo dos mosquitos que impregnavam no cair da noite. Confesso que nunca "sequei" tanto. Agora eu vejo como fomos maldosos.
Não teve jeito, Aécio terminou em último lugar. E foi só ele se aproximar do carro para trocar de roupa, e alguém gritar:
Porra Aécio, conseguisse ir pior que a gente! Nós, pelo menos, ficamos em quinto... E as gargalhadas ecoaram dentro do carro!
Viajar para São Chico foi uma das minhas primeiras trips para praias além Ilha. A bordo de um Fiat 147 – aqueles caixas de fósforos – lá fomos nós competir numa etapa do amador. Éramos cinco garotos loucos por uma boa aventura.
Pranchas amarradas no rack, mochilas jogadas na cachorreira, e no toca-fitas, à todo volume, uma fita k-7 Basf, com as novas músicas da banda Camisa de Vênus. As caixas, só pra variar, estavam estouradas e o som alto invadia a caranga e se misturava ao barulho que vinha do cano de descarga aberto.
Era a "Copa Essence Club" organizada pela Máster Promoções, comandada pelo Flávio Boabaid. Lembro que já nessa época a molecada de Balneário Camboriú dominava o outside. Era impressionante acompanhar as disputas entre eles, tal rivalidade.
Na mirim Teco Padaratz e Fabiano Fischer dominavam os pódios. Na júnior, Icáro Cavalheiro (hoje juiz da ASP), Marcos Reis, Charles Padaratz e Roni Lazzari não davam a menor chance para os seus oponentes, enquanto na categoria open, Luciano Fischer sempre muito veloz, Roni Lazzari e Nagel Melo eram páreos duríssimos. Isso sem falar nos “trocentos” outros bons surfistas de tudo quanto era canto.
Digo pra você que não era moleza passar uma fase desse circuito. E lá estávamos nós. Eu e o Aloísio Alemão, o mais velho da turma, competíamos na open. André Mazú e o Lico inscritos na júnior e havia também o dono do carro, Aécio Vieira, na mirim.
O Aécio não fazia parte da nossa turma. Na verdade a mãe dele liberava de vez em quando o carro, e como tinha só 15 anos e não podia dirigir, era o Aloísio Alemão que tinha a moral com a "véia" e mandava na boléia.
E esse Aécio pertubava! De tudo ele sabia. Tudo o que ele tinha era melhor que o nosso. Que isso e mais aquilo... O cara realmente incomodava. Mas tinhamos que agüentar, afinal estávamos no seu carro e infelizmente dependíamos dele.
Lembro que nessa época as baterias eram de 15 minutos, seis competidores, com a soma das quatro melhores ondas, passando os três melhores para a fase seguinte. E aí é que a estória fica engraçada. Não sei porquê, mas curiosamente a minha bateria, bem como a do Lico, Mazú e do Alemão eram de cinco competidores. Só a do Aécio era composta por seis surfistas.
Eu fui o primeiro a competir. Caí na água sem treinar e, só pra variar, não me dei bem. As ondas quebravam no canto direito da praia com 1,0 metrão, balançadas, cheias, todas tortas. Fiquei em último lugar. Ao longo do dia, Lico, Mazú e o Alemão também foram eliminados. Todos em quinto lugar. A cada resultado, lá vinha o Aécio nos zoar e dizer com um ar de superioridade que ninguém havia pego nada.
E não é que a bateria dele foi a última do dia. Fim da tarde, já escurecendo, e lá estávamos nós cansados do sol, da praia, derrotados e loucos para cair na estrada de volta pra casa, já que a previsão era de ventos fortes para o dia seguinte.
E o Aécio caiu na água. A essa altura o vento já deixava o mar todo balançado, irregular. A garotada na beirinha, na espuma, disputando os poucos caixotes que apareciam. Nos quinze minutos mais demorados das nossas vidas nosso “parceiro” despencou em dois caixotões “reto-side” para marcar miseráveis pontos.
Ficamos no carro acompanhando o desfecho da bateria dando boas risadas e nos escondendo dos mosquitos que impregnavam no cair da noite. Confesso que nunca "sequei" tanto. Agora eu vejo como fomos maldosos.
Não teve jeito, Aécio terminou em último lugar. E foi só ele se aproximar do carro para trocar de roupa, e alguém gritar:
Porra Aécio, conseguisse ir pior que a gente! Nós, pelo menos, ficamos em quinto... E as gargalhadas ecoaram dentro do carro!
Um comentário:
dá-lhe figueira, na prorrrogação é mais gostoso né maurio????????? grande abraçom e caraca, vi a foto da camisa listrada verde e preto, irada!
ps-aturar os porcos tá duro!!! e o meu time não dura mto na libertadores e nem merece durar porque o time só tem uma jogada: chutar o leitão, ops, a bola, pra área e ver se ela bate na cabeça do boneco de olinda, ops, adriano, o tanque imóvel.
ps2- dá-lhe terremoto e ciclone, as ondas tão bombando há duas semanas!!!
zé
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