sábado, abril 25

Jadson e Alejo lavam a alma.

Um sábado de festa para o surfe brasileiro com a direito a dobradinha nas vitórias de Alejo Muniz no seis estrelas de Portugal, e do Jadson André no tradicional seis estrelas prime de Durban na Africa do Sul.

Um presente e tanto a dedicação, empenho e conduta desses dois novos incríveis talentos do surfe brasileiro. O potiguar Jadson André descoberto ainda garoto pelo empresário Luis Campos, o Pinga, da Oakley, assim como o Mineirinho, vem sendo preparado para buscar o seu espaço muito em breve entre os 44 melhores do mundo. Todo suporte e estrutura e investimento da marca Oakley tem sido colocada à disposição desse moleque gente boa que teve o seu melhor momento no concorrido circuito da ASP no ano passado ao vencer o Gatorade Pro na Prainha em São Chico.

Jadson também merecia ter ido mais longe no Maresia Pro em Itajaí quando foi barrado nas quartas-de-final e ainda no ano passado foi vergonhosamente prejudicado no julgamento na final do Onbongo Pro Surfing em Itamambuca quando perdeu para o local Wiggolly Dantas. Com essa vitória sobre o celebrado australiano Owen Wright ele espanta definitivamente o fantasma de chagar em várias finais e não levar o caneco pra casa.

Alejo tem no seu DNA a raça argentina e o gosto por competições. Competidor ao extremo, esse garoto de alma brasileira conquistou com suas atuações dentro d’água o respeito de seus adversários. Na final em Carcavelos ele bateu o japonês Masatoshi Ohno, depois de passar por Tim Boal na semi e Marlon Lipke nas quartas.

No ano passado, Alejo solicitou a Fecasurf uma vaga para competir na etapa brasileira do WCT. Teco, responsável pela prova alegou que Alejo ainda era muito novo. Com a pressão da diretoria da Fecasurf, Teco acabou cedendo e Alejo teve seu primeiro momento entre os tops, perdendo somente na terceira fase para Bede Durbdge virtual campeão do Hang Loose em Imbituba.

Dessa nova geração do surfe brasileiro vejo com bons olhos e com chances reais, bagagem, suporte, estrutura e dinheiro (para financiar as despesas) para buscar uma vaga no seleto clube dos tops da ASP somente 4 nomes: Alejo, Jadson, Jean da Silva e Wiggolly Dantas. O resto é chover no molhado. E só pra lembrar, os dois, Jadson e Alejo, estavam com uma RM nos pés. O carioca Ricardo Martins deve estar feliz da vida...

Parabéns também ao Marco Pólo que no peito e na raça chegou em quinto na África.

Um comentário:

jefferson lopes disse...

O que mais espantou nestes dois campeonatos foi a forma como eles venceram, simplesmente ignorando seus adversários, com performances dignas de verdadeiros campeões. Se derem uma olhada no ranking atualizado, verão que Jádson é o segundo, Marco Polo é o quinto e Alejo é o número 77, mas só correu uma etapa este ano. 2009 promete!!!