quarta-feira, abril 28

Maratona na Vila

Já estamos nas oitavas. Foram dois dias parados. Havia combinado com os poucos (olha que vem aumentando!) amigos leitores do Alohapaziada em escrever algumas linhas sobre as disputas da repescagem. Mas já faz tanto tempo. Tudo aconteceu lá no longínqüo domingo.

A segunda fase serviu como sempre para reparar alguns danos não programados. O estrago seria enorme para a sequência do “Santa Catarina Billabong Pro” (aqui no blogue damos o devido valor ao din-din que o nosso governo enfiou no WT de 2010), sem as presenças do Mineiro, do Taj, Mick, Andy, Slater e mais um ou outro que não conseguiu andar nada durante a fase que também não valia muita coisa.

Nessa ordem, Taj, Mick, Slater, Mineiro entraram na água e não tiveram adversários no mesmo calibre. Foi um esculacho tal a superioridade. As performances de Tânio, Ricardinho, Messias e do coitado do Blake Thornton sequer incomodaram. Na sequência Marco Polo dançou, assim como Andy. De resto, alguém pode me dizer se viu o Brett Simpson, Adam Mellin e o Jay Thompson por aí?

Choveu em Imbituba mais do que em qualquer outro lugar do mundo na segunda-feira. Isso sem falar nas ondas que baixaram. Na terça foi o vento sul que entrou forte. Como resultado: dois dias em stand by.

A quarta-feira foi de sol, ondas bem manobráveis abrindo pros dois lados e fortes emoções. Entre um pão de queijo, uma colherada no açaí, e umas fatias de uma deliciosa torta de limão, vendida a módico 6 reais, acompanhei alguns confrontos.

Estarrado no sofá vi Luke Munro despachar o Bobby, Jadson (foto: Aleko-Waves) voar sobre Damien Hobgood, o inconstante Michel Bourez trucidar as esquerdas alinhadas contra um patético Perrow, Joel passar apertado contra Matt Wilkinson, Mineiro surfar o necessário contra o Patrick Gudauskas e Dane Reynolds com duas ondas apenas regulares levar a melhor contra um pesado Kekoa Bacalso.

Entre um bate papo e outro com vários conhecidos – o público decepcionou – que também acompanhavam as disputas, vi Taj não se achar, Neco receber mais uma nota baixa, Knox se superar nas direitas e Owen Wright levar a melhor sobre Bede. Depois relaxei. Só parei para olhar novamente o mar nas baterias das oitavas.

É isso mesmo, tivemos uma maratona de 20 baterias ao longo do dia. As 16 do terceiro round e mais 4 das oitavas. E aí sim o campeonato pegou fogo. Jadson André se concentrou nas esquerdas e abusando da velocidade e dos aéreos em três delas fez notas acima de 8 pontos. Deu pena do Luke Munro ao vê-lo sair d’água. No seu rosto toda a tristeza estampada pelo maior massacre até o momento. A escovada deve ter doído.

Depois foi a vez de Joel dar adeus. Escolheu mal as suas ondas, buscou pontos nas direitas curtas pra dentro do canal. Não deu! Fazia tempo que eu não via um Parkinson tão desmotivado. Devolveu a lycra pegou suas pranchas e se foi assim como o sol.

Já com um arzinho frio pelo vento maral e com as temperaturas em queda, típica do outono no sul, me ajeitei para assistir Mineiro e Dane Reynolds. Gostei e não gostei do que vi. Mas sobre essa disputa que deverá ter desdobramentos - como por exemplo colocação no ranking) ao longo do ano com discussões prá lá de acaloradas, escrevo amanhã.

Um comentário:

Ricardo Cassin disse...

Muito Bacana o Blog. Virei o mais novo seguidor. Estou me adaptando ainda ao mundo dos blogs e sempre quando eu posso e surgi novas ideias eu atualizo. De uma passada lá. Abraços Mauro.