quarta-feira, setembro 24

Quem sabe?

Começou nessa manhã de quarta-feira nas ondas da Barra da Tijuca, no Rio, a última etapa do SuperSurf.

Pelo que li nos principais sites – e quase todos publicaram a mesma matéria – doze surfistas ainda possuem chances reais de conquistar o título desse ano.

O primeiro circuito nacional, organizado em 1987 pelo Dani Boi e a então recém fundada Abrasp, junto aos empresários: Sidão (OP), Raphael Levy (Fico), Zé Roberto (Town & Country), Ermínio (Sundek), Fernando e Zezinho (Lighting Bolt), e que terminou com a vitória do paulista do Guarujá, Paulinho do Tombo nunca esteve tão disputado. Não lembro de uma temporada tão equilibrada e com tantos candidatos na briga pelo caneco.

O engraçado é perceber que Santa Catarina com seu litoral recheado de boas ondas, de bons competidores, exemplo de eventos bem organizados e com uma das federações mais atuantes do país nunca produziu o seu campeão nacional.

Até mesmo o Paraná, Estado com pouca expressão no surfe nacional, teve na garra e na força um tri-campeonato conquistado pelo local de Matinhos, Peterson Rosa.

Vários catarinenses já chegaram perto e até bateram na trave ao longo desses anos. Que eu lembre assim rapidamente: Waldemar Wetter, o Bilo de Balneário Camboriú, Roberto Lima, Ivan Junkes, foram alguns dos pioneiros junto com o David Husadel que terminou na terceira colocação em 89 – melhor posição até hoje.

Guga Arruda é o catarinense há mais tempo entre os tops da Abrasp. Ele completou nesse ano uma década de “Brasileiros”, e Marco Polo, após um 2007 brilhante tenta o título nesse ano com menores possibilidades.

Nos anos 80 eu até me empolgava em acompanhar o Circuito Brasileiro. Atualmente com etapas do CT, QS, dos PRO JR acontecendo a todo final de semana o “Brasileirão” se perdeu entre tantas competições e hoje em dia nem ao menos sei quem são: Igor Moraes, Péricles Dimitri, Robson Gobato, Itin Silva e Alan Donato, nomes que fazem parte do que deveria ser um seleto clube.

Willian Cardoso é o atual líder do ranking até essa etapa. Talento da nova geração, nascido e criado nas marolas de Balneário Camboriú, Willian busca o seu espaço. Acompanhei sua vitoriosa carreira como amador e seu debut como profissional. Sei que Willian tem boas chances de se dar bem nas valas da Barra da Tijuca. Quem sabe até domingo não temos um campeão nacional Barriga Verde?

Um comentário:

Surfe Catarinense disse...

Máurio,
vale lembrar a final do SuperSurf de 2002. O Andreas Eduardo chegou líder na Prainha do Rio, mas caiu na terceira fase e virou um "quem ganhar leva". Léo Neves bateu Peterson Rosa numa final com tubos e foi campeão pela primeira vez.
Vamos torcer pro estado emplacar seu primeiro título brasileiro neste fim-de-semana. abs,