De encontro ao lip...

Quanto tem de onda aí?
Qual o tamanho dessa onda do Mineiro? Clique na foto, amplie e analise bem...

Estava aqui pensando de como criticamos os surfistas brasileiros que competem mundo afora. Simplesmente sentamos na frente do computador, acompanhamos os confrontos no conforto de nossos lares pela net e em seguida digitamos uma infinidade de pensamentos, comentários, idéias e opiniões sem levarmos em conta as condições do mar a temperatura d’água e a formação das ondas. Muitas vezes extrapolamos e, até em certas ocasiões, exteriorizamos nossas frustrações. Impressionante como é fácil criticar sem ao menos nos molharmos...

Como é simples falar que os surfistas brasileiros estão usando muito o fundo da prancha, que o estilo é feio, que a base é muito aberta, que não estão pegando nada, e que mais isso e aquilo...

Mas, preste atenção nesse momento! Repare na linha – especialmente nessa onda – traçada pelo Mineiro. Velocidade e precisão numa onda de “responsa”. Ou vai me dizer que não? Quem de nós meros mortais ataca o lip dessa maneira?

Concordo que as performances dos surfistas brasileiros no WCT – especialmente – ainda estão aquém. Aguardemos! Hoje o CT é dominado por apenas um único competidor: Slater e mais uma meia-dúzia de quatro ou cinco adversários: Fanning, Taj, Joel, Andy, Bede, e acrescente aí um Bob Martinez e vez ou outra um dos irmãos Hobgood. Ainda tem as novidades Jordy e Dane Reynolds que ainda não emplacaram. O resto vem na carona, são apenas meros figurantes e entre tantos os nossos surfistas brasileiros.

Competição de alto nível definitivamente não é pra qualquer um. De Souza tem sim o seu valor, embora se destaque competindo nos QS da vida. Nesse em Margaret River ele segue vivo, escalado na primeira bateria das oitavas contra Daniel Ross.