quinta-feira, dezembro 10

Visão do Eddie

Acompanhei as disputas do Eddie Aikau. Com certeza um evento diferente por tudo o que ele representa e toda a história em torno do mito Eddie, embora muitos digam a boca pequena que esse torneio é mais uma grande jogada de marketing da gigante Quik.

Independente de qualquer coisa foi muito legal assistir a transmissão pela internet. O astral na beira da praia, a vibração do público local, os drops atrasados, os caldos, os mitos, as decepções. O surfe de ondas grandes está vivo! Confira o vídeo.

Nesses últimos anos novas ondas foram descobertas, novas fronteiras desbravadas, evento em condições extremas foram realizados, porém sem a possibilidade da transmissão ao vivo e toda emoção que ela desperta no internauta. A Quik acertou ao transmitir, on line, essa edição do Eddie Aikau. Assisti sem compromisso, por puro prazer.

Um começo chato é verdade, com ondas curtas. Foi assim nos primeiros heats. Na medida em que o dia foi avançando as ondas foram mudando (ficando mais fortes, maiores e cavadas e com séries mais constantes) e as condições no 4º e último heat ficaram ainda mais cabulosas.

De destaque, sem dúvida, o quase Tubão (assim com T maiúsculo mesmo) do Slater depois de fazer um drop animal bem no crítico da onda. A virada na base foi uma pintura e a maneira de atacar a onda e o trilho em busca do Tubão foi algo impressionante. Depois de receber o lip pesado na muleira, veio o caldo, e após alguns segundos, Slater emergiu das profundezas sorrindo. Devia estar se divertindo...

Andy Irons fez uma outra onda incrível, colocando pra dentro numa craca pra lá de casca-grossa no shore-break. A onda de uns 4 metros fechou na beira e o Irons mais velho, de grab-rail não aliviou e "morreu" lá dentro, para delírio geral do público que acompanhava a tudo da areia.

Bruce (vencedor da edição de 2004) também dropou algumas bombas, assim como Jamie O’Brien, Ross Clark e o Makua. Ramon Navarro também fez bonito. Acostumado com as ondas gigantes e geladas do Chile, encarou com segurança as morrancas de Waimea mesmo de back-side. Se de front já deve ser muito complicado imagina botar pra baixo de costas com uma prancha de 9’pés. O japonês Takayuki Wakita (nunca tinha ouvido falar) me surpreendeu pelo go for it. Pra ele não tinha onda perdida ou fechando.

Em resumo gostei. Fui dormir na madrugada de terça pra quarta-feira empolgado com o que vi. Melhor mesmo seria estar lá, sentadinho num lugar extremamente seguro, é claro...

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