terça-feira, agosto 11

Na torcida

Começo essa postagem e já expresso minha opinião, afinal uma coisa que não gosto é ficar em cima do muro.

Os membros que comandam o surfe competitivo mundial, leia-se ASP, estão apavorados e se cagando de medo em perder a "boquinha" com as notícias que pipocam na imprensa especializada de todo mundo dando conta desse novo circuito criado pela ESPN.

Eu, sinceramente, torço muito para que esse novo projeto chegue trazendo muitas novidades, e que seja um belo sopro de novos ares, com novo critério de julgamento, uma maior premiação, e principalmente dando o merecido destaque aos competidores e, que a organização e estrutra do surfe profissional mude logo de mãos e definitivamente saia da mesmice que se transformou o QS e o WT...

Abaixo texto publicado no blogue do Edinho Leite, ex-editor da revista Hardcore, atualmente comentarista na ESPN-Brasil.

TSUNAMI NO OUTSIDE
O assunto tomou conta do universo surf: o circuito dos rebeldes. O novo tour, com oito etapas, teria eventos organizados e transmitidos pela ESPN. Segundo notícias a proposta tem sido encabeçado pelo agente do Slater, Terry Hardy e o promotor “guru” dos esportes na TV a cabo, Matt Tinley. Rolaram muitas especulações, mas nada foi capaz de responder as questões que continuam no ar. Talvez seja por conta de Tinley não confirmar detalhes, como publicou o Surfline no começo do mês: “É bom que a gente tenha uma visão do sistema todo no lugar de divulgar partes dele – é melhor revelarmos os detalhes a todo mundo de uma vez só”, declarou Tinley, comentando ainda que um anúncio formal pode ser feito até o fim do mês. O Austrália`s Surfing Life publicou algumas declarações de Slater sobre a ASP, mas tirou do ar menos de 24 horas depois, dizendo que os comentários dele sobre o desempenho e futuro da ASP eram correspondência confidencial. Mas o descontentamento dele com a ASP não é novidade para quem está atento às suas declarações. Logo depois The Australian publicou uma nota que incluía esse comentário teoricamente vindo de um e-mail que Slater enviou a vários surfistas da ASP: “A ESPN sinalizou de forma positiva que apoiaria totalmente um tour que poderia começar já no ano que vem. É uma grande notícia e oportunidade. Isso inclui um ‘novo’ tour baseado naquilo que os surfistas querem ter em termos de julgamento, locações, formatos, etc... Também inclui tempo total de web e personalização para todos eventos”. Resumindo a visão de Bob McKnight, CEO da Quiksilver, em recente entrevista à TrasWorld Business: todo mundo que gosta de surf consegue acompanhar o tour nas revistas especializadas e nada mais. McNight vê com frustração o desempenho de mídia e deixou claro: “acreditar que Slater é o principal organizador dessa mudança é um engano”. Segundo McNight, Kelly conversou com a ASP sobre suas frustrações muitas vezes e nada mudou, por isso, mesmo adorando seus nove títulos, colocou o décimo em segundo plano em busca de mudanças. Nesse “bololô de honolulu” Terry Hardy explicou sua frustração dizendo que a ESPN tentou por muitas vezes trabalhar com a ASP, sempre foi deixada de lado. “Por isso conversei com Kelly sobre um novo tour e ele quis dar suas idéias depois de ouvir as minhas. Nos juntamos e Slater simplesmente mostrou suas insatisfação com alguns pontos da ASP e a ESPN começou a desenhar esse novo cenário, pois eles amam o surf”, completou Hardy.Rumores dão conta de um formato onde patrocinadores fora do mundo do surf bancariam a brincadeira. Os surfistas teriam suas passagens e estadias pagas, seriam vistos por muito mais pessoas pelo mundo através dos canais ESPN, a grana de premiação seria consideravelmente maior, o que a meu ver faz uma grande diferença perante o potencial público. Por outro lado surgem as questões: quem seria o campeão mundial oficial, caso a ASP não queira se envolver? Quantos surfistas correriam nesse tour e como adentrariam a ele? Brodie Carr, CEO da ASP, disse em recente entrevista à TransWorld Business que a entidade está aberta para discutir formas de trabalharem juntos, mas pode haver conflitos com dois circuitos ao mesmo tempo. “Não sabemos se pode ser bom ou ruim, já que não temos informação suficiente para discutirmos o assunto”, ponderou Carr, que concluiu: “Se colocarem na mesa uma proposta melhor do que a que temos teremos que conversar sobre a viabilidade e se isso é legal para surfistas, eventos e fãs”.De acordo com o diretor de longa data do Triple Crown, Randy Rarrick, as companhias não deixariam seus atletas irem para outro tour em detrimento de um que eles apóiam há tanto tempo”. Randy é cético quanto as intenções de empresas fora do círculo com o qual trabalha há 35 anos. Acha que “os caras” só estão pensando em grana e não estão preocupados com o desenvolvimento do esporte. Acredito que “os caras” que levaram os esportes radicais a outro patamar com o X-Games, não são esse tipo de “caras”. Fontes:
TransWorld Business e Surfline. Ps. A redação do EXPN Brasil falou com os responsáveis por eventos esportivos radicais na matriz norte-americana e teve a confirmação de que existem sim negociações, porém, nada foi finalizado ainda.

2 comentários:

Barbara Hanna disse...

Esse assunto na boa mesmo tá é muito do chato pra mim... é um disse me disse... ninguém sabe ao certo de nada...se for rolar mesmo...espero que esse novo circuito seja usado para crescer a potência do surf competitivo..e não só a conta no banco de várias marcar e pessoas...porque se querem fazer um lance desse peso..que façam com competência...enfim.

beijo, beijo

Sandro Murara disse...

Barbara, respeito sua opinião, mas acho que é inocência pensar que alguem vai investir pesado sem visar o lucro. Afinal pelo que consta, esse circuito não é obra social. Tá tudo ligado: competência = novo circuito = interesse do público = retorno financeiro = crecimento do surf competitivo (como produto de mídia). Afinal, o surf é PROFISSIONAL, logo deve haver remuneração. Senão é soul surf e aí, esquece isso tudo.