Fia pendurou a cordinha e a lycra. + aqui.
Carta ao Fia:
Diz aí Fia, como andam as coisas...
Soube através de amigos da tua recente (não tão recente assim) decisão. Queria dizer que na minha opinião, e acredito na de muitos também, fosse sem dúvida o melhor surfista brasileiro de todos os tempo. Uma figura carismática, humilde e por vezes engraçada.
E quando escrevo essas linhas me vêm lembranças do Op Pro disputado naquele verão de marolas de 86. Sentado nas areias da Joaca, tentando me esconder do sol, acompanhei pela primeira vez algumas baterias tuas. É, faz tempo!
Ao lado do teu camarada Josafá Fernandes, também nordestino, cabeça chata, hoje cidadão do mundo, ele me contava várias histórias a teu respeito (época das pranchas Realce Nordeste, Baía Formosa e roubadas) e eu, puxava pelo sul, comentava das performances do Teco. Ele falava do teu estilo, da tua linha e eu, em contra partida falava do Teco.
Concordamos que vocês dois mesmo muito jovens (ainda eram amadores), já naquela época estavam maduros e prontos para estourar mundo afora. Foi só o Alfio entrar na vida de vocês e o restante dessa linda história todo mundo já sabe...
Um monte de conquistas, reconhecimento, títulos e uma infinidade de amizades como podemos ver e comprovar no teu filme Fabio Fabuloso. Quero te desejar boa sorte e sucesso nessa nova vida de free surf, aproveitar e te dizer que ao longo dos anos 80 e 90, esperava ansioso a chegada do Now e das revistas aqui em casa para saber dos resultados e de como a dupla tupiniquim havia ido nas competições mundo afora.
Assisti algumas baterias memoráveis, confrontos disputadíssimos, que jamais irão se perder na minha memória, como aquele em Ubatuba de 88 - Sundek Classic - contra o Barton Lynch (uma arquibancada lotada, com mais de mil pessoas em pé e uivando) quando vinhas lá do outside manobrando forte. A impressão é que estávamos sim num campo de futebol. E num Guarujá lotado assisti a primeira vitória no Tour da ASP. Com o passar dos anos e a chegada da internet, sabes que tudo ficou mais próximo e mais fácil.
Fiquei extremamente lisonjeado em ter organizado o lançamento do teu filme aqui em Floripa e mais feliz ainda de ter podido acompanhar mesmo que de longe a trajetória de um verdadeiro campeão de um Brasil escrito com “S”.
Feliz, lembro que o tempo tratou de fortalecer as palavras quase que proféticas do Josafá. Ele dizia: esse cabra da peste vai longe!
Sorte.
A foto acima foi tirada no cinema do CIC que esteve lotado no lançamento do filme. Fabinho está bem a vontade rodeado da molecada.
Carta ao Fia:
Diz aí Fia, como andam as coisas...
Soube através de amigos da tua recente (não tão recente assim) decisão. Queria dizer que na minha opinião, e acredito na de muitos também, fosse sem dúvida o melhor surfista brasileiro de todos os tempo. Uma figura carismática, humilde e por vezes engraçada.
E quando escrevo essas linhas me vêm lembranças do Op Pro disputado naquele verão de marolas de 86. Sentado nas areias da Joaca, tentando me esconder do sol, acompanhei pela primeira vez algumas baterias tuas. É, faz tempo!
Ao lado do teu camarada Josafá Fernandes, também nordestino, cabeça chata, hoje cidadão do mundo, ele me contava várias histórias a teu respeito (época das pranchas Realce Nordeste, Baía Formosa e roubadas) e eu, puxava pelo sul, comentava das performances do Teco. Ele falava do teu estilo, da tua linha e eu, em contra partida falava do Teco.
Concordamos que vocês dois mesmo muito jovens (ainda eram amadores), já naquela época estavam maduros e prontos para estourar mundo afora. Foi só o Alfio entrar na vida de vocês e o restante dessa linda história todo mundo já sabe...
Um monte de conquistas, reconhecimento, títulos e uma infinidade de amizades como podemos ver e comprovar no teu filme Fabio Fabuloso. Quero te desejar boa sorte e sucesso nessa nova vida de free surf, aproveitar e te dizer que ao longo dos anos 80 e 90, esperava ansioso a chegada do Now e das revistas aqui em casa para saber dos resultados e de como a dupla tupiniquim havia ido nas competições mundo afora.
Assisti algumas baterias memoráveis, confrontos disputadíssimos, que jamais irão se perder na minha memória, como aquele em Ubatuba de 88 - Sundek Classic - contra o Barton Lynch (uma arquibancada lotada, com mais de mil pessoas em pé e uivando) quando vinhas lá do outside manobrando forte. A impressão é que estávamos sim num campo de futebol. E num Guarujá lotado assisti a primeira vitória no Tour da ASP. Com o passar dos anos e a chegada da internet, sabes que tudo ficou mais próximo e mais fácil.
Fiquei extremamente lisonjeado em ter organizado o lançamento do teu filme aqui em Floripa e mais feliz ainda de ter podido acompanhar mesmo que de longe a trajetória de um verdadeiro campeão de um Brasil escrito com “S”.
Feliz, lembro que o tempo tratou de fortalecer as palavras quase que proféticas do Josafá. Ele dizia: esse cabra da peste vai longe!
Sorte.
A foto acima foi tirada no cinema do CIC que esteve lotado no lançamento do filme. Fabinho está bem a vontade rodeado da molecada.
2 comentários:
R.I.P - "Rapadura i Praia". Boa sorte Fabinho e família...
POR ONDE ANDAS MEU POMBO???
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