Deitado no sofá da sala, embaixo das cobertas, fugindo do frio da chuva e do vento sul que uivava lá fora voltei ao passado num clique.
Havíamos saído da repressão dos anos 60. Era o Brasil pós-ditadura. Num show épico em São Paulo o reggae de Peter Tosh incendeia o Anhenbi. Era a segunda edição do São Paulo/Montraux Jazz Festival em 1980.
O show na íntegra foi reapresentado nesse sábado num especial em comemoração aos 40 anos da TV Cultura. Muito mais do que o vigor e a força do reggae pulsante na voz Peter Tosh em imagens ainda em preto e branco, e o ar de perplexidade da platéia o momento é que exigia mudanças. Procurei no YouTube e encontrei apenas outras três reproduções – que não estão lá com essa qualidade, porém dá pra sentir o astral.
Dá volume!
Marcio Gaspar comenta assim o momento:
“... Expectativa nos bastidores do Palácio de Convenções do Anhembi: será que o cara vem? Peter Tosh, escalado para fazer o show principal daquela noite do São Paulo/Montreaux Jazz Festival não havia chegado no dia anterior, conforme previsto, não tinha comparecido à coletiva, não havia feito o check-in no hotel. Meia hora antes do horário marcado para o show, um helicóptero aterrissa nos fundos do teatro, dele desce Tosh. Baseadão na boca, com cara de nem aí, cumprimenta os circunstantes com um rápido “may jah be with us all', tranca-se no camarim. Dali, direto para o palco, para o melhor show de reggae que esse país já viu. Uma celebração inesquecível. Naquela noite, tive certeza: Peter Tosh nunca morreria; e nunca morreu, pra quem ali esteve...”
Havíamos saído da repressão dos anos 60. Era o Brasil pós-ditadura. Num show épico em São Paulo o reggae de Peter Tosh incendeia o Anhenbi. Era a segunda edição do São Paulo/Montraux Jazz Festival em 1980.
O show na íntegra foi reapresentado nesse sábado num especial em comemoração aos 40 anos da TV Cultura. Muito mais do que o vigor e a força do reggae pulsante na voz Peter Tosh em imagens ainda em preto e branco, e o ar de perplexidade da platéia o momento é que exigia mudanças. Procurei no YouTube e encontrei apenas outras três reproduções – que não estão lá com essa qualidade, porém dá pra sentir o astral.
Dá volume!
Marcio Gaspar comenta assim o momento:
“... Expectativa nos bastidores do Palácio de Convenções do Anhembi: será que o cara vem? Peter Tosh, escalado para fazer o show principal daquela noite do São Paulo/Montreaux Jazz Festival não havia chegado no dia anterior, conforme previsto, não tinha comparecido à coletiva, não havia feito o check-in no hotel. Meia hora antes do horário marcado para o show, um helicóptero aterrissa nos fundos do teatro, dele desce Tosh. Baseadão na boca, com cara de nem aí, cumprimenta os circunstantes com um rápido “may jah be with us all', tranca-se no camarim. Dali, direto para o palco, para o melhor show de reggae que esse país já viu. Uma celebração inesquecível. Naquela noite, tive certeza: Peter Tosh nunca morreria; e nunca morreu, pra quem ali esteve...”
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